sábado, 30 de abril de 2011

URGENTE! Quando o machismo e racismo se encontra na UniJorge

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado- fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.

Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.

Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.


Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)


Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar alista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.

Ao dizer “você ta tirando muita onda” e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente reservou para os branc@s


Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.

Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)

Concentração: 18h, praça de alimentação.

Nairobi Aguiar



LANÇAMENTO DA FRENTE NACIONAL DE MULHERES NO HIP HOP ESTADO DE SP



II FÓRUM DE MULHERES NO HIP HOP

PROGRAMAÇÃO

8h30 - Credenciamento

9h - Abertura com a FNMH2

(Lunna/SP, Aninha/DF e Edd/RJ)

9h15 – Laboratório

(Vanessa Soares)

09h30 – Oficina de MC e Grafite

(Rubia e Riska)

10h30 - Oficina de Breaking e DJ

(Miwa e Simmone)

11h30 - Oficina de Tranças e Turbantes

(Cris Moscou e Zelma Tranças)

12h – Almoço (microfone aberto)

13h – Mesa: Literatura Marginal – Mulher na escrita

Mediadora: Néia Oliveira

Elizandra Souza - SP

Jéssica Balbino - MG

14h - Manifestação Artística Dança com P

(Vanessa Soares e Lavínia)

14h10 - Experiências com o hip hop

14h20 - Vídeo Combate a violência contra a mulher

(Jessica e Jeferson)

14h30 – Violência Doméstica - NÃO se cale

Mediadora: Nereide Rocha
Fabiana Pitanga - Casa Viviane dos Santos/ Força Ativa

Aninha - Atitude Feminina / DF

Malu Vianna / RS

Apresentações a partir das 15h30
Breaking: Art'Culando - The Power Dance - Andreil's B.Girls Crew

Djéias: DJ Gözde Pesman (Alemanha) - DJ Simmone - DJ Tati Laser - DJ Aline

Grafiteiras: Caju - Riska - Gisa's – Red

RAP: Sharylaine Sil-SP
Ideologia Feminina-MG
Edd Wheeler - RJ
Tarja Preta-Baixada Santista
D' Origem- S.J. dos Campos
Amanda Negra Sim-SP
Odisséia das Flores-Franco da Rocha
Sarinhah-São Carlos
Lívia Cruz-SP

*Desfile e sorteios de tranças e turbantes
* Homenagens
* Gravação de DVD
* Exposição de Grafites

Rua: Tabatinguera, 192 – Quadra dos Bancários - Centro/SP (ao lado da praça/metro Sé)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

FESTA DI RAINHA - 29/04



Encontro festivo com pitadas poéticas e performáticas de todos os lados num lugar bem gotosinho com cara de festa em casa na Lapa!

Data para se encontrar,comemorar, bebericar, dançar, tirar um onda e trocar idéias e ações!

Quem tá somando nesta sexta é:

Coletivo Esperança Garcia

☺Sarau com Elas

} com intervenções poéticas e Mic aberto a partir das 20hs

Despues bora botar o som na caixa! E leva seu MP3 pra garantir a diversidade musical inté o sol raiar!

Ah e vamos comemorar o Projeto Trançando e Tecendo Arte do Coletivo Manifesto Crespo que ganhou o VAI! E tbém o lançamento da Produtura Tsika Cultural... ai ai ai!! E vamos comemorar tbém a nossa existência poxa! Afinal essa festita é para todos e todas que de alguma forma colocou o bloco na rua pra mudar as coisas pra melhor!

TEM A VER COM VOCÊ? Então VEM!!!!!

Curso de Feminismo

“Feminismos sem fronteiras”

Dia 14/05/11

- Millie Thayler – Relatos dos feminismos nas Américas.



-Amelinha Teles – Ondas Feministas.


Dia 21/05/11

- Júlia de Oliveira – Gênero, Estereótipos e Feminismos

Das 15 às 18 hs.



Local: União de Mulheres de São Paulo
Rua Coração da Europa, 1395 - Bela Vista
Fone: 3283-4040



Obs: Confirme sua participação no e-mail uniaomulher@uol.com.br  até o dia 6 de maio.

"Vozes Femininas na Sociedade e na Arte" - Fundação Casa- Taipas.

A convite da nossa companheira Raquel, que dentro das suas aulas de Literatura iniciou a conversa sobre  a situação das mulheres na nossa sociedade, demos continuidade aos trabalhos na Fundação Casa no dia 14 de abril na unidade feminina de Taipas.

As meninas haviam assistido ao filme "Preciosa - Uma História de Esperança" e usando ele como ponto de partida abordamos questões como: as diversas formas de violências, simbólicas e físicas, práticadas contra a mulher, preconceito racial e os padrões de beleza presentes na nossa realidade social.
Todas as presentes no bate papo colocaram suas impressões a respeito do filme. A exposição fotográfica "Mulheres da Minha Terra" de Sonia Regina Bischaim e o livro "Quarto de Despejo" de Maria Carolina de Jesus trouxeram elementos importantes para a reflexão das presentes sobre a situação da mulher brasileira, principalmente a mulher negra e periférica. Finalizamos a discussão com a leitura de alguns poemas escritos por mulheres e com a leitura coletiva do poema de Maya Angelou "Eu Me Levanto".

Força para as guerreiras.

Por: Mariana Laiola

domingo, 24 de abril de 2011

"Vozes Feminina na Sociedade e na Arte" Fundação Casa- Unidade Vila Maria.

No dia 11 de abril, o Coletivo Esperança Garcia realizou uma conversa com os meninos da Fundação Casa sobre os diversos papéis das mulheres na sociedade. Foram abordados temas como a violência contra a mulher, o sexismo presente na mídia e em algumas letras e clip's de funk. A partir desses olhares discutimos o direito a sexualidade feminina e a autonomia plena sobre seus corpos e mentes. Para complementar a discussão levamos a exposição fotográfica "Mulheres da Minha Terra" de Sonia Regina Bischaim; foram lidos alguns trechos do livro " Quarto de Despejo"de Carolina Maria de Jesus e também foram apresentadas outras  obras literárias produzidas por mulheres. Ao final da conversa foi realizada a apresentação de dança de Sirlene de Jesus Santos acompanhada do poema "Eu Me Levanto" de Maya Angelou.

por: Mariana Laiola

terça-feira, 5 de abril de 2011

Lançamento II Fazine Esperança Garcia e Fotoclip Poético "Mulheres da Minha Terra" de Sonia Bischain no Sarau Elo da Corrente

SALVE!!!

Quinta-FEIRA no sarau Elo da Corrente, a poeta, escritora e fotógrafa Sonia Regina Bischain, que estará lançando seu Fotoclip poético "Mulheres da Minha Terra".

E para complementar a temática do vídeo, nós Coletivo Cultural Esperança Garcia estaremos lançando nosso II Fanzine.

O convite está Lançado, até quinta-feira!!!

Axé!

Bar do Santista
Rua Jurubim, 788-A
Pirituba-SP



Quintasoito


Na última quinta-feira fomos até o Campo Limpo visitar a casa que germina arte e cultura (Espaço Clariô). Uma noite delicada e especial para homenagear as mulheres, aquecemos nossos corações com as intervenções.
Primeiro a atriz e escritora Raquel Nogueira tomou o palco com as confussões e sentimentos que podem passar na cabeça de uma mulher por 15 minutos, o que é a certeza de pano pra manga, eu não tinha ideia do quanto matutamos nossos problemas, sonhos, posturas, ações... Na parede as exposições de Renata Felinto, Mestre em Artes Visuais deixaram um ar de graça, resgate histórico da nossa africanidade e criatividade nas suas pinturas trazendo nas impressões de cada tela um olhar cuidadoso e detalhado da mulher negra, suas culturas e formas. Dona Jacira compositora, poeta e escritora nos deixou  felizes com seu astral de mulher guerreira de muitas caminhadas, cantamos e sorrimos ao som da poeta. Raquel Almeida do Esperança Garcia marcou seu ponto no espaço levando com seu encanto e fortaleza nas palavras, poesias, sentimentos comungados, ousadia de guerreira e arte-educadora na luta por uma quebrada melhor. 
O final da noite proporcionou emoção e calor pelo corpo até os olhos mandingueiros ficaram aguados com a intervenção: Seria um Solo + Gritos em Espiral com Luciane Ramos e Danielle Almeida, um trabalho maravilhoso de pesquisa fazendo recortes de vários países da América Latina e Africanidades, trazendo uma colcha repleta de conhecimento, cultura nossa de verdade, sem palavras, as meninas arrebentaram. E ainda no final das apresentações teve aquele especial caldinho delicioso que apreciamos com uma boa troca de ideias com os parceiros e parceiras que colaram.
Voltamos pra casa com vontade de mais, fortalecidos e inspirados pelo axé que recebemos tanto da organização que trampa na casa como dos artístas dessa noite fantástica.

AXÉ



Chama eu ...
Chama eu ...
Chama eu Angola ...
Chama eu ...


  Mãe África
                                          Raquel Almeida
Quando meus pés se cansarem
E a minha voz embargar
Chora mãe África, chora,
Já estou chegando lá

Se todos me abandonarem
Desistindo de caminhar
Coragem mãe África, coragem,
Força você me dará

E se algum de nós
Com o inimigo se juntar
Chora mãe África, chora,
É mais um filho que irás deserdar

Se mais uma vez
Aquele portão de ferro se fechar
Peço força mãe África, força,
É mais um irmão que o sistema vai trancar

Quando mais uma noite fria
Um dos teus filhos passar
Confia mãe África, confia,
No próximo inverno ele não estará mais lá

E quando a nossa nação
Dar as mãos e parar de duvidar
Alegre-se mãe África, alegre-se,
Nossa bandeira irá se levantar.