segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bate-papo e intervenção poética com o grupo Pé na Jaca - CEU vila Atlântica

Sábado dia 27/08 nós Esperança Garcia fomos até o CEU Vila Atlântica a convite do grupo de Teatro Pé na Jaca. Foi uma tarde agradável com um bate-papo franco sobre as mulheres escritoras da região de Pirituba/Brasilândia. 

Fizemos intervenções com nossas poesias, contamos sobre a história do Coletivo Esperança Garcia, o porquê do surgimento de um coletivo de mulheres dentro desse circuito artístico que atuamos. Outro ponto importante que houve durante as falas, foi sobre a violência contra a mulher, pois o Pé na Jaca esta construindo uma peça que retrata essa questão, trocamos informações, experiências, e referências de como e porquê trabalhar essa questão dentro do bairro que moramos.

Queremos agradecer ao grupo Pé na Jaca pelo convite, pela troca e pela receptividade!!!

AXÉ!

Segue algumas fotos do encontro

Samanta Biotti; Juliana Balduino; Raquel Almeida; Eunice (Elo da Corrente); Jú Queiroz




nosso livros e Zine Edição III

Roda de Bate-Papo


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma noite de muito Axé, lançamento do livro:"Quem Roubou Quem? Ana Paula dos Santos Risos.
Fortalecemos energias positivas com a intervenção poética/artística "Dança de Oxum" Agradecemos a tod@s que chegaram para somar mais uma intervenção do Coletivo Cultural Esperança Garcia na Ação Educativa satisfação muito grande em poder contar com o músico Giovani Di Ganzá Valeu mesmo!!!
Axé para Nós!!!

Sirlene Santos, Giovani Di Ganzá e Juliana Queiroz.




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

(DES)ENCONTRO LITERÁRIO: COM RAQUEL ALMEIDA - ELO DA CORRENTE


Neste sábado, 20 de agosto, durante as atividades do curso Literatura (é) Possível, teremos a honra e a graça de receber a poeta e ativista cultural RAQUEL ALMEIDA, do Sarau Elo da Corrente, pra prosear com a gente sobre a sua literatura, corres culturais, políticos, entre outras cositas.

Um batepapo informal, descontraído, regado a muita informação, história e poesia. Então, quem quiser chegar, o convite está feito, a porta aberta, e a literatura: viva!

(DES)ENCONTRO LITERÁRIO
com a poeta RAQUEL ALMEIDA

Sábado, 20 de agosto,
das 13hs as 14:30hs.
na EE Jornalista Francisco Mesquita

Rua Venceslau Guimarães, 581
Jd. Verônia - Erm. Matarazzo

sobre a autora: Raquel Almeida é poeta, ativista cultural, integrante do Coletivo Literário Sarau Elo da Corrente eColetivo Cultural Esperança Garcia; autora do livro “Duas Gerações Sobrevivendo no Gueto”, além da participação em vários outros.

                                                   ORGANIZAÇÃO:

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lançamento do livro "Quem Roubou quem" no ECLA

Salve a Tod@s,

No dia 05 de agosto, noite de sexta de muitas energias positivas no lançamento do livro:"Quem Roubou Quem? Ana Paula dos Santos Risos.
Fortificamos todas essas energias com a intevenção poética e artística "Levante"
"Agradeço a todos que chegaram para somar e prestigiar mais uma intervenção do Coletivo Esperança Garcia...ontem no ECLA....foi super gratificante e emocionante...Valeu mesmo!!! Ana Paula Santana Correia, Marciano Ventura, Raquel Almeida, Lucia Makena, Akins, Giovani Di Ganzá, Dena Hill, Samanta Biotti, Juliana Queiroz Dos Santos, Sidnei das Neves, Sonia Bischain e a tod@s que compartilharam desse momento único!!! Axé para Nós!!!" Sirlene Santos







Ana Paula dos Santos Risos


Intervenção Poetica e Artistica "Levante"



Coletivo Cultural Esperança Garcia




 Axé pra Nós

domingo, 7 de agosto de 2011

Após cinco anos, governo quer fim das brechas na Lei Maria da Penha

Andréia Sadi e Débora Santos - Do G1, em Brasília
Sex. 05 de agosto



Lei Maria da Penha completa 5 anos de vigência, neste domingo (7). Supremo vai analisar se a lei está de acordo com a Constituição.


Criada para tornar mais rigorosa a pena contra quem agride mulheres, a Lei Maria da Penha completa neste domingo (7) cinco anos em vigor. Nesta sexta-feira (5), o governo comemora a data com um evento no Rio os avanços para a política da mulher, mas espera a validação da lei no Supremo Tribunal Federal (STF) para torná-la ainda mais eficiente.



Em muitas decisões, juízes chegaram a afirmar que a norma fere a Constituição e a igualdade entre homens e mulheres. Desde 2007, tramita no STF um pedido feito pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a Corte declare a lei constitucional. A ação foi proposta pelo ex-presidente Lula para evitar brechas e uniformizar o entendimento da Justiça sobre a lei.
A ministra da Secretaria das Mulheres, Iriny Lopes, afirmou em entrevista ao G1 que a expectativa do governo é “positiva” em relação à manifestação da mais alta Corte brasileira.

“É um presente que o STF dará não só às mulheres, mas à sociedade. É responsabilidade passar paz e confiança para essas mulheres que são agredidas perante os filhos. Nossa expectativa é positiva porque um agressor impetrou um habeas corpus no STF, e o voto do relator já indicava que não havia inconstitucionalidade na lei”, afirmou a ministra.

O julgamento de um habeas corpus , em março deste ano, foi uma amostra de como a atual composição do plenário do Supremo vê a Lei Maria da Penha. Por unanimidade, os ministros negaram o recurso de Cedenir Balbe Bertolini, condenado a prestar serviços à comunidade por ter dado empurrões em sua companheira.



Ele recorreu ao STF porque, de acordo com a legislação de processo criminal, é possível pedir suspensão do processo em casos de pena mínima de um ano. Mas a Lei Maria da Penha impede a concessão desse tipo de benefício aos agressores de mulheres.


“Estamos aguardando a votação. Não se trata só de punir. A lei é muito abrangente. A lei já alterou a sociedade, ela ficou muito conhecida e pode até ter um caráter pedagógico”, disse a ministra Iriny Lopes.


Durante o julgamento, todos os ministros defenderam a validade da lei e lembraram a desigualdade que marca os casos de violência contra as mulheres. “[A lei], além de constitucional, é extremamente necessária porque é no seio da família que infelizmente se dá as maiores violências e as maiores atrocidade”, afirmou o ministro Dias Toffoli na ocasião.



saiba mais

Juiz aplica Lei Maria da Penha para proteger mulher de ex-companheiraMaria da Penha avalia em entrevista a aplicação da lei que leva o seu nome“Todas as vezes em que uma de nós é atingida, todas as mulheres do mundo são. É a autoestima que vai abaixo. É esta mulher que não tem mais condições de cumprir seu papel com dignidade e estamos falando da dignidade humana”, declarou no julgamento a ministra Cármen Lúcia.


Diante dos ataques à Lei Maria da Penha, em junho de 2010, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também ajuizou uma ação pedindo que o Supremo defina uma contradição que provoca distúrbios na interpretação da lei.


A Lei Maria da Penha permite que o processo contra o agressor seja extinto se a mulher retirar queixa. Mas o ex-procurador pede que o Supremo interprete a lei de forma a não permitir que a queixa seja desfeita e, com isso, garanta “resposta a um quadro de impunidade de violência doméstica contra a mulher”. As duas ações são de relatoria do ministro Marco Aurélio Mello.



Balanço dos cinco anos

O serviço 180, usado para denúncias contra agressores, registrou desde abril de 2006, quando foi criado, até junho deste ano, 1.952 atendimentos. Dos registros, 434.734 (22,3%) registros são referentes à Lei Maria da Penha. Neste semestre, o 180 contabilizou 293.708 atendimentos- sendo 30,7 mil relatos de violência.


“O crescimento da utilização do serviço é contínuo nos últimos quatro anos. Cada vez mais o 180 é utilizado pela confiabilidade no serviço e garantia de anonimato de quem denuncia. As mulheres se sentem seguras e encorajadas ao usarem o 180”, disse Iriny.



PERFIL DA MULHER QUE DENUNCIA

Parda 46%

Entre 20 e 40 anos 64%

Cursou parte ou todo o ensino fundamental 46%

Convive com o agressor há mais de dez anos 40%

Denúncias feitas pela própria vítima 87%

Fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres



A secretaria levantou o perfil da mulher que entra em contato com o serviço. Segundo dados da pasta, a maioria é parda (46%), tem entre 20 e 40 anos (64%), cursou parte ou todo o ensino fundamental (46%), convivem com o agressor há mais de dez anos (40%) e 87% das denúncias são feitas pela própria vítima.

O balanço registrou que 59% das vítimas declararam não depender financeiramente do agressor e, em 72% das situações, os agressores são os maridos das vítimas. Os números mostram, ainda que 65% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.

O estado de São Paulo lidera o ranking de procuras pelo 180 com 44, 4 mil atendimentos, seguido pela Bahia com 32 mil. Em terceiro lugar aparece Minas Gerais com 23,4 dos registros.



Desafios

Para a ministra Iriny Lopes, além da manifestação do STF, o desafio da lei é ampliar as redes de proteção nos Estados, como instalações de abrigos, delegacias e tratamento das vítimas.



ESTADOS QUE REGISTRARAM MAIS DENÚNCIAS DE MULHERES POR TELEFONE (no primeiro semestre de 2011)

São Paulo 44.499

Bahia 32.044

Minas Gerais 23.430

Rio de Janeiro 20.292

Pará 16.143

Fonte: Secretaria de Políticas para Mulheres


“A casa-abrigo é o fim da linha. É quando a mulher corre riscos dentro de casa e precisa ir para lá. Tem lugar no Brasil que não tem, por exemplo. Quando seremos vitoriosas? Quando estas casas virarem bibliotecas, pinacotecas. Por enquanto, precisamos ampliar a rede”, defendeu a ministra.


Com a Lei Maria da Penha, foram criados cerca de 50 juizados pelo pais especializados em violência doméstica. Mas ainda não estão instalados nos Estados de Sergipe, Paraíba e Rondônia. A ministra disse à reportagem que esteve na Paraíba e discutiu a instalação de juizados no Estado, mas ponderou que a decisão depende do Judiciário e governos estaduais.

Desde a criação da Maria da Penha, 110,9 mil processos de 331,7 mil foram sentenciados. Foram decretadas 1.577 prisões preventivas, 9.715 prisões em flagrante e 120.99 audiências designadas.

Do restante, foram 93.194 medidas protetivas, 52.244 inquéritos policiais e 18.769 ações penais. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados em março deste ano.




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Salve a Tod@s,

Numa noite fria e chuvosa do dia 30/07 ocorreu o lançamento do Livro: "Do Luto á Luta" - Movimento das Mães de Maio, no Sarau Poesia na Brasa.
A indignação pairava no ar, os depoimentos das mães que tiveram seus filhos(as) brutalmente assassinados em maio de 2006, nos movia a agir, lutar contra todas as injustiças cometidas com a população jovem negra e periférica.
Nós, homenageamos estas mulheres, que não silenciaram sua dor, que gritam suas dores e as dores de todas as mães de abril, mães de maio, mães do ano inteiro.

Movimento das Mães de Maio





Interveção Poetica - "Mãe África"- poema de Raquel Almeida

Coletivo Cultural Esperança Garcia










            Brechó
 "Esperança Garcia"




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salve Mulheres, Salve Mães, Salve Guerreiras...
 
Axé pra Nós

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Inscrições abertas para o Conselho Municipal de Cultura de SP

Se você faz parte de um grupo artístico ou cultural de São Paulo e gostaria de participar da construção de políticas culturais municipais, a Secretaria Municipal de Cultura está recebendo inscrições para o edital de cadastramento de entidades artísticas para atuar no Conselho Municipal de Cultura, até o dia 25 de agosto.
O Conselho Municipal de Cultura, regulamentado pelo Decreto Municipal nº 50.574/2009, desempenha o papel de canal de interlocução entre o poder público e a sociedade civil, analisando e propondo diretrizes para as principais questões culturais em pauta.
As entidades interessadas em atuar no Conselho podem inscrever-se em 12 diferentes Câmaras Setoriais: Teatro; Artes Visuais; Audiovisual; Dança; Música; Patrimônio Arquitetônico; Museus e Institutos Culturais; Ciência e Tecnologia; Literatura e Livros; Culturas Populares; Iniciativas culturais; e Circo.
Para participar, basta preencher o formulário hospedado no site da Secretaria Municipal de Cultura e entregar a documentação exigida no edital.
                                                                                                             *Informações do Blog Acesso

O País Onde a Mulher Negra Não Tem Vez

mulher-negra-no-trabalhoDesemprego entre homens brancos no Brasil é de 4,4%, menor que a média nacional. Entre elas, o índice mais que dobra: salta para 9,2%
O Brasil vive um momento único, em que o desemprego é o mais baixo da série histórica. Para negros, mulheres e jovens, entretanto, as taxas chegam a ser duas vezes maiores que a média
A pernambucana Josefa Aparecida da Silva, 29 anos, tem se esforçado para não desanimar. Angustiada com as contas atrasadas, ela bate de porta em porta, há sete meses, em busca de um emprego. Mesmo com ensino médio completo e mais de 15 anos de vida profissional, na hora de disputar uma vaga, ela depara com a discriminação. Mulher e negra, já abriu mão de postos específicos e decidiu topar qualquer posição. Em vão. Josefa identifica na cor da pele o motivo do preconceito. "Em uma entrevista, éramos eu e duas mulheres brancas. Mesmo sem experiência, elas foram escolhidas", lamenta. Josefa é um dos retratos mais claros das desigualdades que persistem no mercado de trabalho brasileiro.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a taxa de desemprego tenha caído ao longo dos últimos nove anos e chegado a 6,2% em junho, a menor para o mês desde 2002, a desigualdade de oportunidades permanece. As mulheres encontram mais dificuldade em ocupar cargos e, quando conseguem, ficam geralmente em postos considerados inferiores. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, o índice de desocupação é de 5% entre os homens, mas salta para 7,6% com as mulheres. O salário médio deles, de R$ 1.770,40, é 40,8% superior ao delas, de R$ 1.257,10.
Quando a análise inclui cor e sexo, a realidade ganha novos contornos. Entre os homens brancos, o índice de desocupação é de 4,4%, menor que a média nacional. Para as mulheres negras, ele mais do que dobra: salta para 9,2%. "Os empregadores falam que vão ligar, mas o telefone nunca toca. Até fico desanimada", desabafa Josefa. Para sustentar a casa, que divide com uma amiga, ela tem de fazer malabarismo. "Faço algumas diárias. Em média, tiro R$ 600. Só o aluguel é R$ 370." Segundo o economista José Márcio Camargo, da Opus Investimentos, o empregador tem a ideia de que, por ter jornada dupla, a mulher pode ser menos produtiva.
"No mundo inteiro, ela ainda desempenha uma série de atividades pelas quais o homem não é responsável. Quando há um problema em casa, são elas que resolvem. São elas que têm filhos e licença-maternidade", afirma Camargo. No que diz respeito à cor, ele observa que, por motivos históricos, o negro teve menos oportunidades educacionais no Brasil que o branco. "Quando um empresário contrata um negro, ele tem isso na cabeça. Não só para escolher o funcionário, mas para definir o salário que vai pagar", diz. "Essas diferenças são mazelas conhecidas e vêm desde a formação do país. É necessário mudar esse processo, mas isso leva tempo", avalia o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
Carteira assinada
De cor parda, Luciana dos Santos, 32 anos, faz parte desse grupo preterido no mercado de trabalho. Ela nunca teve a carteira assinada. Para pagar as contas, faz "bicos" como babá. "Adoro o que faço, mas queria ter mais segurança, fundo de garantia e aposentadoria", lamenta. Luciana observa que sempre há vagas para homens. "Para as mulheres, é mais difícil."
Quando viu a mãe em meio a uma crise renal, Raimunda de Jesus dos Anjos, 29 anos, saiu do emprego para pagar exames e comprar medicamentos com o dinheiro da rescisão contratual. Desde então, já deixou mais de 50 currículos e fez cinco entrevistas. Mas só recebeu respostas negativas. Na casa dela, a situação só se complica a cada dia: são dois salários mínimos para sustentar oito pessoas. "Fico muito agoniada ao ver a minha mãe doente e não ter recursos. Já precisei recorrer até a ajuda de amigas para comprar produtos de higiene", relata Raimunda, que se considera parda.
Negra, a empregada doméstica Rosa Marlene Santos, 51 anos, conta que já enfrentou momentos difíceis na profissão. "Comecei a trabalhar aos 12 anos de idade em casa de família. Já fui chamada de "pretinha" e acusada de levar objetos das casas. Mas decidi levantar e cabeça e tentar de novo", afirma. Para Regina Madalozzo, economista do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o preconceito é velado. "A maior parte do problema é sim relacionado à discriminação. Há vagas em setores aquecidos, como a manufatura e a construção civil, mas eles geralmente demandam mais homens", diz.