sábado, 30 de maio de 2015

Batalha da Estação com Jennyfer Nascimento


Ontem aconteceu a 5ª Edição da Batalha da Estação, e o Coletivo Cultural Esperança Garcia, compareceu em grande estilo para receber a poeta Jennyfer Nascimento. A noite estava linda, as poesias marcaram presença, encontros, reencontros e novidades para fortalecer a cena.

Confiram algumas fotos do evento!


Batalha da Estação



Raquel Almeida






Juliana Balduino e Raiane Cristina

Trocando artes...Xis e Jennyfer Nascimento

Aí Whtinney, mais conhecida como Susana de Paula produtora do Programa Movimento de Rua  de Natanael Valêncio,  essa é pra vc!!!! Juliana Balduino e Xis

Mulheres e poesia, nova leitora da Jennyfer Calline

Jennyfer Nascimento e Jully Grabriel

E a gente sempre encontra o ontem, e o amanhã no HOJE!!! Dj Pri Rezende, Raquel Almeida e Juliana Balduino

Olha a Demonha aí fortalecendo o rolê!




Quer saber o que acontece na Batalha da Estação?
Acesse a página do evento : www.facebook.com/batalhadaestacao
Aqui também você vai ficar atualizado dos dias e horários do evento!




axé!




Juliana A. Balduino



segunda-feira, 25 de maio de 2015

terça-feira, 19 de maio de 2015

Carta à minha amiga Alisada


Queridx amigx alisadx,
Por Karoline Gomes Do Ovelha Mag
Há muito queria falar com você e gostaria que lesse tudo isso que finalmente consigo colocar em palavras. Sei que você deve estar cansadx de me ouvir falando do meu BC toda hora, e por isso que esta carta não é sobre mim, mas sobre você, sobre nossa amizade, sobre nós duas.
Te escrevo pois percebi que sempre que eu desato a falar da minha experiência de durante, e pós transição capilar, você fica na defensiva, imediatamente começa a explicar porque ainda alisa o seu cabelo, e tenta se justificar como se eu estivesse te oprimindo.
Mas será que não estou?
Como você já ouviu mil vezes, se libertar da chapinha e do alisamento e assumir nossa beleza real é uma experiência maravilhosa. Mas o que quero que você entenda é que isso acaba despertando um senso de sororidade que as vezes fica incontrolável. Eu fico querendo que esse bem atinja a você também, quero que minhxs amigxs alisadxs também tenham essa sensação e aprendam a se amar naturalmente. Quero tanto tudo isso que as vezes exagero.
Exagero e insisto no assunto, quase forçando para que você mude junto comigo, quando sei que esta mudança precisa ser feita de dentro, com muito tempo, e muita coragem. Sei que não é fácil passar a vida acreditando que está fazendo o certo para se sentir bem e bonitx e de repente descobrir que há outros meios.
Você me perguntou uma vez sobre a liberdade feminina que lutamos para conquistar, para que possamos fazer o que quisermos com nosso corpo sem medo de julgamentos, e sobre o quanto eu, como feminista, defendo isso.
Sim amigx, somos livres para fazer o que quisermos com nossos corpos. E quem sou eu indo contra a ideia de beleza da sociedade com meu black power e tatuagens espalhadas pelo corpo para falar sobre a química do seu cabelo? Quem sou eu que já ouvi piadas sobre minha chapinha para falar da sua? Que bom que você está consciente disso, que bom que sabe disso e abre meus olhos.
Não faz sentido saímos de uma opressão de beleza para nos expor a sociedade como realmente somos, e depois apontar o dedo para quem não faz isso. Por isso peço desculpas pelo meu exagero, e obrigada por suas palavras.
Ao mesmo tempo, gostaria de propor uma reflexão, minha queridx amigx. Feche seus olhos e tente descobrir o real motivo pelo qual você alisou seu cabelo pela primeira vez. Hoje temos muitas desculpas ou motivos, já estive nessa situação. “É mais prático”, “é mais fácil de pentear”, “meu cabelo não é bonito igual o seu”, “não saberia lidar com a transição” são os mais ouvidos e impulsores do alisamento hoje em dia.
Mas pare e pense sobre o que é cabelo bonito, sobre quando você alisou, provavelmente ainda muito jovem, e o que tinham te ensinado sobre beleza e cuidados para nosso tipo de cabelo. Nenhum ensinamento além de como alisar o cabelo, e depois como cuidar do cabelo alisado, certo?
Ainda em nossa reflexão amigx, imagine um mundo sem esse tipo de imposição. Será que existiriam tantos produtos químicos para alisarmos? Será que se houvesse algum padrão de beleza a ser seguido nós acharíamos o nosso cabelo feio e iríamos querer modifica-lo?
Amigx, nós podemos fazer o que quisermos com nosso corpo, com nossa aparência. Mas quando é que fazemos isso por nós, e não para agradar o olhar da sociedade? Acho que no fundo eu só queria que você estivesse consciente disso, pois modificar sua aparência ou deixa-la natural deveria depender somente do que você gostaria de fazer dela.
Para mim, se você continuar alisando ou não o seu cabelo, eu irei entender e te apoiar. Farei minha parte quando ela for necessária, até inalar um pouco do cheiro da química no salão do teu lado se você quiser minha companhia. E você nunca precisará se justificar novamente pois saiba que eu te entendo.
Só preciso que você entenda o real motivo de meu entusiasmo pela beleza natural, que foi isso que expliquei nesta carta. Que entenda que nem eu, nem outra cacheada ou crespa que tentarem te incentivar a mudar somos melhores do que você por termos passado pela transição. E que você nos perdoe por as vezes deixar isso subir à cabeça e acabarmos achando isso.
Somos ambas igualmente vítimas desse sistema que tanto valoriza a estética, amigx. Você por se submeter ao processo químico para ser aceita, e eu por ouvir discursos e receber olhares racistas por não mais querer me submeter a isso.
Somente quando houver igualdade e real liberdade de ser quem quisermos é que não seremos mais vítimas. É que cabelos serão só cabelos, e que todas nós entenderemos que alisado, natural ou até carecas, nada disso determina nossa personalidade, mas sim como nos sentimentos com nós mesmxs e como nos sentimos confortáveis no nosso próprio corpo.
Por isso, ao invés de debatermos que experiência é mais valiosa ou o que é certo se fazer ou não com nossa aparência e nosso corpo, e principalmente ao invés de ficarmos apontando o cabelo uma da outra, devemos debater com a mídia e a sociedade que ainda nos cobra tanto, defender umas às outras, e fazer a sororidade funcionar como ela deveria.
Conte comigo para isso. Beijos e abraços de sua amiga cacheada.


FONTE: http://www.geledes.org.br/carta-a-minha-amiga-alisada/#axzz3acCptd1X

sábado, 16 de maio de 2015

Batalha da Estação - com a poetisa Jennyfer Nascimento


Salve, pessoas!!!!
Só para registrar na agenda, dia 29/05 a partir das 18h30, vai acontecer a - 5ª EDIÇÃO da Batalha Da Estação em Francisco Morato.







Nessa nova edição da Batalha o Coletivo Cultural Esperança Garcia estará realizando a curadoria presencial dos escritores que vão chegar.... e a poetisa  Jennyfer Nascimento vai compartilhar com o público seu trabalho.
Jenyffer Nascimento é educadora, adora sol e abraços. Fã de Black Alien, Rael, Marechal, Consequência, Z’África Brasil, RZO, Lurdez da Luz, Yzalú, RPW, Racionais mc’s e Karol Conká











Jenyffer Nascimento nasceu em Pernambuco e se criou na periferia de São Paulo, mais precisamente na zona sul, Jd. Ibirapuera. Na adolescência o RAP teve passagem marcante pela sua trajetória. Embalada pelo som de “O trem” do RZO, “Capítulo 4, Versículo 3” do Racionais, “Lei da Periferia” do Consciência Humana, passava as tardes na volta da escola cantando e se reconhecendo naquelas letras contundentes. De 1999 a 2004 fez parte do grupo “Minas do Subúrbio” formado justamente para representar as mulheres na rima, já que na época a presença feminina no palco era muito escassa. Frequentou a casa do hip-hop de Diadema e se apresentou em alguns festivais de RAP, um deles consagrado na zona leste “Rap in Festa” em Sapopemba.

Passado dez anos, a poesia volta a fazer parte de sua trajetória, não mais nas letras de RAP e sim nas páginas do livro Terra Fértil, seu primeiro livro autoral lançado em 2014. A poesia de Jenyffer Nascimento bebe na fonte sagrada – a escola do hip-hop nos anos 90, mas acabou por ganhar corpo, forma nos saraus da periferia de SP, do qual vem acompanhando desde 2007. Na poética da autora encontramos as ruas, o cotidiano, os encontros, os amores e desamores. Musicalidade, crítica social e empoderamento também são traços de sua obra.







axé !!!!!



Juliana A. Balduino