terça-feira, 15 de março de 2011

Lançamento do Fanzine Esperança Garcia no Sarau Poesia na Brasa 12/03


Salve!


Sábado no sarau Poesia na Brasa, nós do coletivo cultural Esperança Garcia lançamos nosso fanzine. A Ideia teve inicio em novembro/2010, onde decidimos colocar um material nosso nas ruas, como o fanzine foi o mais acessível, decidimos arriscar...


Essa edição cota com indicações de filmes, sugestões de leitura, falamos de escritoras negras e um pouco da nossa história oralmente contada. Ainda estamos engatinhando na questão do fanzine, pois este é criado de forma totalmente independente, até porque nós ainda não tínhamos feito fanzine antes, mas está sendo uma experiência bacana, montar, diagramar e escrever um pouco sobre nós e nossa história que é muito mal contada por aí.
Gostaríamos também de dizer mais uma vez o porquê do Coletivo. Decidimos montar um coletivo de mulheres por sentir falta da discussão de gênero na cultura de periferia, principalmente no âmbito da literatura onde temos maior atuação. Não nos fortalecemos sozinhas, somos fruto de muitas gerações de mulheres que lutaram e lutam por melhoria nas quebradas, exigir o respeito não é uma questão nova, é uma questão de séculos, e infelizmente até hoje ainda sofremos com o machismo impregnado na sociedade brasileira, o que se reflete no todo.


As mulheres negras e periféricas hoje estão se unindo pra poder discutir questões que nos afetam, e também discutir melhorias, modo de atuação, enfim, não somos inimigas de ninguém, quanto mais mulheres e homens se juntarem pra tentar mudar um pouco do sistema que predomina até hoje como o escravista, machista, católico, e outros mais, temos certeza que vamos evoluir e muito, isso juntos!
É triste ver que as pesquisas ainda apontam o quanto que a mulher brasileira é violentada, e o mais triste ainda é saber que existem leis que não são executadas como deveriam um dia me falaram que todos os dias é dia da mulher, fiquei pensando que se é mesmo, porque que a cada 15 segundos uma mulher é agredida?


São coisas que teria que ser interesse de todos, não só das mulheres!!!


Não queremos que ajoelhem aos nossos pés e peçam perdão, não queremos demonstração de afeto só no 8 de março, o respeito tem que ser continuo, a discussão tem que ser continua, ampla e com o mesmo espaço que todas as outras questões tem.


Outra coisa importante de ressaltar, NÃO SOMOS PEDAÇOS DE CARNES EXPOSTO EM AÇOUGUES!!! É preocupante o quanto a mulher é tratada como uma carne e só, como um bicho sem cérebro. Fico profundamente irritada quando eu falo das musicas, poemas, contos, e outras coisas mais que depreciam a mulher, e mais indignada ainda quando um homem diz "Elas gostam". Elas quem? De quais mulheres estão falando? Quem se acha no direito de decifrar o que uma mulher gosta ou não?


Outra pergunta pra se refletir no todo. SERÁ QUE São ESSAS IMAGENS DEPRECIATIVAS QUE QUEREMOS CONTINUAR PASSANDO DAS MULHERES NEGRA E PERIFÉRICAS?


Se decidimos fazer parte de movimentos culturais, eu Raquel pelo menos, foi por achar que poderia tocar em todos os assuntos sem medo, por achar que estava me envolvendo em lugares e com pessoas que pensam melhorias para a periferia de um modo geral, inclusive na questão feminina.


O Sonho não morre! Como disse, não fazemos acontecer nada sozinhas, é uma troca intensa com noss@s parceir@s de caminhada, o mínimo que queremos é chegar com informações aonde não chega, não queremos ver mais os rostos das nossas avós, mães, tias, primas, irmãs, tristes, queremos vê-las sorrindo, e com a certeza que SER MULHER É POSSÍVEL!!!


AXÉ


Raquel Almeida

Faz muito tempo

As mulheres, As meninas, As moças, As mães e tias da periferia
Querem homens profundamente
Mais educados, educadores
 Mais pensantes, pensadores
 Mais elegantes, não só reprodutores
 Mais generosos não geniosos
 Mais humanos cidadãos
 Porque a história tem seus ciclos sim
 E tudo se renova de olhos atentos
 E principalmente as avós
 Querem homens que enterrem seus mortos

Maria Tereza





domingo, 13 de março de 2011

SEMANA DO HIP HOP 2011 – HIP HOP COMBATENDO A VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA.



Programação:

Domingo dia 13/03/2011 Zona Central - Horário: 12:00hs/20:00hs
Tema Principal:“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra”

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473
12:00hs/13:30hs - Tema “O Hip-Hop em São Paulo: Genocídio, violência, movimento, auto-estima”

13:40hs/15:00hs - Tema “História viva do Hip-Hop em São Paulo”

15:10hs/16:30hs - “Debate Hip-Hop em ação: Periferia, Políticas, Cultura, Educação, Geração de renda”

16:40hs/18:00hs - “Debate Produção de Hip-Hop: Literatura, Vídeo, Moda, Internet e Possibilidades”

18:00hs/20:00hs - Apresentações Freestyle: Toca discos, microfones e pistas livres

Segunda-Feira dia 14/03/2011- Horário: 15:00hs/17:00hs
Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra juventude negra”


Local: Câmara Municipal de São Paulo - Viaduto Jacarei, 100 - Auditório Prestes Maia - 1ºandar

Horário: 19:00hs/21:00hs

Cine/Projeção de Clipes Hip-Hop Produção Brasileira - Sala Mario Pedrosa (Espaço Expositivo – Sobreloja)

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473

19:00hs/21:00hs Inicio das apresentações artísticas

Apresentações Freestyle: Toca discos, microfones e pistas livres

Terça-feira dia 15/03/2011 Zona Leste


Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Mulher – Saúde Educação”

Local: CEU Jambeiro - Rua Manuel Calhamares, 21500

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs- “O Hip-Hop combatendo a violência contra juventude negra:Mulher – Saúde – Educação”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Quarta-feira dia 16/03/2011 Zona Sul

Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Drogas – Geração de renda – Segurança Pública”

Local:CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 21500- Vila das Belezas

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Drogas- Geração de renda – Segurança Pública”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Quinta-feira dia 17/03/2011 Zona Oeste
Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Racismo – Exclusão – Descaso Urbano”

Local:CEU Perus

Rua Bernardo José de Lorena, s/n

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: Racismo – Exclusão – Descaso Urbano”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Sexta-feira dia 18/03/2011 Zona Norte

Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Políticas Públicas (Federal, Estadual, Municipal) – Qualificação – Implementação - Acesso”


Local:CEU Jaçanã -Rua Antônio César Neto, 105

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Políticas Públicas (Federal, Estadual, Municipal) – Qualificação – Implementação - Acesso”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Sábado dia 19/03/2011 Zona Central Horário: 09:00hs/21:00hs

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473

Workshop: 10:00hs/ 13:00hs

13:00hs/21:00hs – Apresentações de encerramento.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Lançamento do II Fanzine do Coletivo Cultural Esperança Garcia

Salve!
Amanhã no sarau Poesia na Brasa será lançado o II Fanzine do Coletivo Esperança Garcia, junto com o fotoclip poético "Mulheres da Minha Terra"de Sonia Regina Bischain.
O convite está lançado, aguardamos a tod@s!!!

Axé!

Sarau Poesia na Brasa

Bar do Carlita

Rua Professor Viveiros Raposo, 534

Às 20h30




quinta-feira, 10 de março de 2011


Dia 13/03

A partir das 17hs

Local: Bar do Rui - R Prof. Felicio Cintra do Prado, 134 - Cidade Ademar
Em frente Escola Adventista

Sarau da Ademar - MULHERES

As Mulheres do Sarau da Ademar convida a todas e todos!!!
poesia, musica, amizade e luta!!!
Musica: Camila Brasil e Banda
Lançamento: Fanzine UM POR TODOS- Sarau dos Mesquiteiros
Inserção: Juliana Queiróz dos Santos


A LUTA CONTRA O MACHISMO NÃO É SÓ DAS MULHERES!

terça-feira, 8 de março de 2011

Reflexão ao Dia das Mulheres

Todas as vidas
Cora Coralina


Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...

Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.

Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.

Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.

Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.

Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

sexta-feira, 4 de março de 2011

“A cidade das mulheres”

O Cine Palmarino exibirá no próximo dia 12 de março o documentário “A cidade das mulheres”. A proposta é evidenciar neste mês dedicado às mulheres, a força feminina negra e sua participação na sociedade.O documentário A Cidade das Mulheres de Lázaro Faria ressalta a mulher negra baiana que inventou no Brasil um sistema matriarcal inédito, desenvolvido em torno do culto aos orixás. Cidade das Mulheres vem homenagear a força dessa mulher através de Mãe Stella, Yalorixá do terreiro Axé Opó Afonjá, símbolo maior de dignidade e doação.

Entrada gratuita

Quando: 12 de março (sábado) às 18h

Onde: Rua Nelson Fernandes, 257 - Jabaquara (próximo ao metrô)

Informações: (11) 7471-6766 - Com Luciete
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Debate CCJ

O encontro no CCJ nos proporcionou uma reflexão intensa da questão da mulher e do homem e suas relações.
Convidados da mesa do debate - Rafael Leona artista plástico e cenotécnico, Suely Rolnik, psicanalista crítica de arte e professora da PUC- SP e Samanta Biotti da Brasa. Não há uma regra para tratar do tema, pelo contrário se definirmos uma lógica para tratar do assunto caimos no princípio de uma discussão carregada de preconceitos e afirmações padrões de comportamento. Então vamos questionar e nos ouvir mais.
Como desnaturalizar essas essências que carregamos ao longo de nossas vidas estruturadas pela lógica do sistema?
Talvez um dos primeiros passos é compreender a desigualdade, mesmo porque as relações de gênero possuem uma dinâmica própria que se articula com outras formas de dominação (raça, etnia e classe), então talvez o caminho seja perceber as diferenças sem querer classificá-las e sim naturalizar essa diversidade como forma de expressão do crescimento humano. Temos muito a discutir para início de um novo olhar sobre nossas relações.


Samanta Biotti

Suely Rolnik e Rafael Leona










quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

AGENDA DO PROJETO TEATRAL CARNE - KIWI COMPANHIA DE TEATRO

O atual projeto da Kiwi Companhia de Teatro
Coperativa Paulista de Teatro discute as relações entre patriarcado e capitalismo, mostrando o panorama da exploração de classe e da opressão de gênero, destacando a situação específica da violência contra as mulheres no Brasil.

PRÓXIMAS APRESENTAÇÕES DA PEÇA CARNE
Com o apoio da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo
(todas as apresentações são gratuitas e seguidas de debates)

* Instituto e Ponto de Cultura Religare: 19 de fevereiro (sábado), às 20h e 20 de fevereiro (domingo), às 18h – Rua Souza Lima, 300/1º andar, Barra Funda

* USP Butantã (Geografia e História) – 21 de fevereiro (segunda-feira), 16h – Cidade Universitária, Avenida Prof. Lineu Prestes, 338, Prédio da Geografia

* USP Butantã – Letras: 22 de fevereiro (terça-feira), às 19h - Cidade Universitária, Avenida Prof. Lineu Prestes, 338

* Espaço Clariô: 26 de fevereiro, às 20h (sábado) e 27 de fevereiro (domingo), às 19h – Rua Santa Luzia, 96, Zona Sul (Taboão da Serra)

* Sacolão das Artes: 11 de março (sexta-feira) e 12 de março (sábado), às 20h – Av. Cândido José Xavier, 577, Pq. Santo Antonio.

* Centro de referência e apoio à vítima (CRAVI): 17 de março (quinta-feira), às 14h – Fórum Criminal da Barra Funda – Av. Abrhão Ribeiro, n° 313, avenida D, sala 429

* Ação Educativa: 01 de abril (sexta-feira), às 11h - Teatro Coletivo: Rua da consolação 1623. Centro

* Arsenal da Esperança: 15 de abril (sexta-feira), às 20h e 16 de abril (sábado), às 20h - Rua Dr. Almeida Lima, 900 (próximo a estação Bresser/Moóca do metrô)

As apresentações são sempre seguidas de debates com @s parceir@s institucionais do projeto - como a Marcha Mundial das Mulheres, SOF, Ação Educativa, entre outros - e/ou lideranças comunitárias e de organizações de mulheres da cidade de São Paulo.

duração do trabalho: 1h20 + 40 min. de debate
recomendável para maiores de 14 anos.

OFICINA TEATRAL “AS MULHERES E O SILêNCIO DA HISTóRIA”
Com o apoio da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo
(todas as atividades são gratuitas)

Esta oficina - parte do Projeto Carne - Patriarcado e capitalismo, da Kiwi Companhia de Teatro -, ministrada pelas atrizes e arte educadoras Fernanda Azevedo e Mônica Rodrigues e pela atriz e videoartista Maysa Lepique, pretende, através de estímulos teatrais, literários e recursos audiovisuais, discutir algumas ferramentas necessárias para que as mulheres assumam o protagonismo e escrevam suas próprias histórias - confiantes de que podem, a partir de suas experiências pessoais, ampliar o debate sobre a opressão contra as mulheres, passando da esfera privada e íntima para o espaço público.

Público alvo:
Mulheres jovens e adultas, artistas ou não, que tenham interesse em construir e compartilhar suas histórias à partir de estímulos artísticos e trocar métodos de discussão sobre o tema da opressão das mulheres em seus coletivos e grupos de trabalho.
* inscrições para as oficinas nos locais ou por telefone.

* Dias: 26 e 27 de fevereiro (sábado e domingo), das 10h às 13h

local: Coletivo Religare – Rua Souza Lima, 300, 1º andar (metrô Marechal, travessa da Rua Barra Funda na altura do nº 460). Tel: (11) 3825-9036

* Dias: 18 e 25 de fevereiro (sextas-feiras), das 10h às 13h

local: Ação Educativa – Rua General Jardim, 660, Vila Buarque. Tel: (11) 3151-2333 - ramal: 136, cel: 9712-5068 (falar com Rodrigo).

* Dias: 12 e 19 de março (sábados), das 15h às 18h
local: Sacolão das Artes -Av. Cândido José Xavier, 577 - Pq. Santo Antôniofone: 5819-2564 ou 5511-6561 (falar com Rita) http://sacolaodasartes.blogspot.com e-mail: sacolaodasartes@gmail.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Manifesto Contra o Racismo no Banco do Brasil

James Banthu



LUCIANO DIMIS DA SILVA foi à agência do BANCO DO BRASIL, situada à Rua Rego Freitas, n. 530, República, São Paulo-SP, no dia 09 de fevereiro de 2011, por volta das 14h30, para descontar seu salário pago em cheque pela Ação Educativa no valor de R$ 504,00 (quinhentos e quatro reais). Na porta giratória que dá acesso aos caixas do Banco – onde descontaria o cheque e receberia o dinheiro em espécie – foi diversas vezes barrado: não havia armário para colocar sua mochila, em que levava um computador portátil (Laptop).

Após abrir várias vezes a mochila, todos os bolsos e mostrar que não levava nenhum objeto que oferecesse risco à segurança do banco, os seguranças ainda assim o impediram de entrar. Enquanto estava com a mochila apoiada no chão e aberta, a segurança feminina que estava ao seu lado chamou um Policial Militar que passava fora da agência.

O Policial Militar, por sua vez, revistou novamente sua mochila, onde não achou nada. Após LUCIANO DIMIS DA SILVA perguntar para o PM se ele podia entrar na agência, ele disse “vamos para o canto para eu te revistar”.

Determinou arbitrariamente que ele fosse até a parede e colocasse suas mãos na cabeça, quando o revistou, no saguão interno do banco, ao lado dos caixas. No canto, disse em tom agressivo, com o dedo em sua cara, coisas do tipo: “Você precisa me respeitar!”, “Coloca a mão para trás!”, “Cala a boca!”, “Se eu quiser, se eu mandar, eu posso até te deixar pelado aqui!”, “Só fala depois de mim; cala a boca!”, “Se você não calar a boca, eu vou te algemar aqui!”. Neste momento, sentou-se no chão, pois suas pernas estavam trêmulas, e continuava recebendo ordens e “lições de moral” do Policial.

Após todo esse embate, LUCIANO não tentou mais entrar no Banco, nem receber o dinheiro de seu cheque, o que está provado pela cópia que acompanha este documento. O Policial Militar disse: “isso aqui não problema de cor, de religião, nem de nada.” ao que o LUCIANO respondeu:

“Quem está falando em cor aqui é o senhor!”. Saiu do banco humilhado e atordoado, esqueceu seu RG, que estava com o Policial, e que teve que voltar para pegar.

O impedimento de entrar no Banco seguido das inúmeras humilhações às quais foi submetido são completamente injustificados – dado que ele não levava nenhuma arma ou instrumento que pudesse colocar o Banco em risco – e não se negou a abrir a sua mochila para mostrar o conteúdo.

*Se ele não oferecia nenhum risco a segurança do banco, já que não estava armado, por que foi proibido de entrar? Racismo!



Assine o manifesto no blog : http://colecionadordepedras1.blogspot.com/

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ENCONTRO DA FRENTE NACIONAL DE MULHERES NO HIP HOP


Esta atividade é um espaço para a reflexão sobre a questão de gênero dentro da cultura Hip Hop. O objetivo deste encontro é fortalecer o debate democrático de idéias com a formulação de propostas, a troca livre de experiências e desenvolvimento do fazer artístico das mulheres ligadas ao Hip Hop.

Dia 13 (domingo),a partir das 9h.
Comunidade Cultural Quilombaque - Travessa Cambaratiba, portão 05,Beco da Cultura ao lado da estação de trem Perus, Zona Oeste.
Entrada R$ 5,00. (11) 3915-7539.

quilombaque@gmail.com

http://www.comunidadequilombaque.blogspot.com/


http://www.mulheresnohiphop.com.br/

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

AINDA ASSIM, EU ME LEVANTO (Poesia de Maya Angelou)

Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.

Pode me jogar contra o chão de terra,

Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.


Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida?
Porque eu caminho como quem possui
Riquezas dignas do grego Midas.

Como a lua e como o sol no céu,

Com a certeza da onda no mar,

Como a esperança emergindo na desgraça,
Assim eu vou me levantar.


Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas,
Minha alma enfraquecida pela solidão?


Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim
Porque eu rio como quem possui
Ouros escondidos em mim.


Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.


Minha sensualidade incomoda?
Será que você se pergunta
Porquê eu danço como se tivesse
Um diamante onde as coxas se juntam?


Da favela, da humilhação imposta pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.


Deixando para trás noites de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direcção a um novo dia de intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus antepassados,
Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.


E assim, eu me levanto

Eu me levanto

Eu me levanto.


Prinscila Preta  (Cia de Arte Negra Capulanas) Foto: Cassimano (www.cassimano.com)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Baobá convida a escritora Cidinha da Silva (dia 12/12) na Comunidade Cultural Quilombaque

Último encontro do ano recebe autora Cidinha da Silva



O projeto "Baobá - grupo de estudos de escritos e saberes" terá sua última edição de 2010 neste domingo (12/12), às 16h, no Ponto de Cultura Quilombaque. O encontro - que, por meio de discussões e reflexões, desperta o poder criativo e a consciência crítica em relação à literatura - recebe a autora Cidinha da Silva, para debater suas obras literárias, especificamente o livro "Os noves pentes d´África".




Fonte: http://www.comunidadequilombaque.blogspot.com/
Postado por: Raquel Almeida

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Lei Maria da Penha em Cordel


Tião Simpatia promove encontro da luta popular com a cultura popular

Feito a partir dos artigos da Lei que pune crimes de violência doméstica contra a mulher:


A Lei Maria da Penha

I
Está em pleno vigor
Não veio pr’a prender homem
Mas pr’a punir agressor
Pois em “mulher não se bate
Nem mesmo com uma flor”.


II

A violência doméstica
Tem sido grande vilã
Por ser contra a violência
Desta lei me tornei fã.
Pr’a que a mulher de hoje
Não seja vítima amanhã.


III

Toda mulher tem direito
A viver sem violência
É verdade, tá na lei.
Que tem muita eficiência
Pr’a punir o agressor
E à vítima, dar assistência.


IV

Tá no artigo primeiro
Que a lei visa coibir
A violência doméstica
Como também, prevenir;
Com medidas protetivas
E ao agressor, punir.


V

Já o artigo segundo
Desta lei especial
Independente de classe
Nível educacional
De raça, de etnia;
Opção sexual…



VI

De cultura e de idade
De renda e religião
Todas gozam dos direitos
Sim, todas! Sem exceção.
Que estão assegurados
Pela Constituição.


VII

E que direitos são esses?
Eis aqui a relação:
À vida, à segurança.
Também à alimentação
À cultura e à justiça
À Saúde e educação.


VIII

Além da cidadania
Também à dignidade
Ainda tem moradia
E o direito à liberdade.
Só tem direitos nos “As”,
E nos “Os”, não tem novidade?


IX

Tem direito ao esporte
Ao trabalho e ao lazer
E o acesso à política
Pr’o Brasil desenvolver
E tantos outros direitos
Que não dá tempo dizer.


X

A Lei Maria da Penha
Cobre todos esses planos?
Ah, já estão assegurados
Pelos Direitos Humanos
A lei é mais um recurso
Pr’a corrigir outros danos.


XI

Por exemplo: a mulher
Antes da lei existir,
Apanhava, e a justiça
Não tinha como punir
Ele pagava fiança
E voltava a agredir.


XII

Com a lei é diferente
É crime inafiançável.
Se bater, vai pr’a cadeia!
Agressão é intolerável.
O Estado protege a vítima
Depois pune o responsável.



XIII

Segundo o artigo sétimo
Os tipos de Violência
Doméstica e Familiar
Pois tem na sua abrangência
As cinco categorias
Que descrevo na seqüência.



XIV

A primeira é a Física
Entendendo como tal
Qualquer conduta ofensiva
De modo irracional
Que fira a integridade
E a saúde corporal…



XV

Tapas, socos, empurrões;
Beliscões e pontapés
Arranhões, puxões de orelha
Seja um ou sejam dez
Tudo é violência física
E causam dores cruéis.



XVI

Vamos ao segundo tipo
Que é a Psicológica
Esta merece atenção
Mais didática e pedagógica
Com a auto-estima baixa
Toda a vida perde a lógica.



XVII

Chantagem, humilhação;
Insultos; constrangimento;
São danos que interferem
No seu desenvolvimento
Baixando a auto-estima
Aumentando o sofrimento



XVIII

Violência Sexual
Dá-se pela coação
Ou uso da força física
Causando intimidação
E obrigando a mulher
Ao ato da relação…



XIX

Qualquer ação que impeça
Esta mulher de usar
Método contraceptivo
Ou para engravidar
Seu direito está na lei
Basta só reivindicar.



XXA

4ª categoria
É a Patrimonial:
Retenção, subtração,
Destruição parcial
Ou total de seus pertences
Culmina em ação penal.



XXI

Instrumentos de trabalho
Documentos pessoais
Ou recursos econômicos
Além de outras coisas mais
Tudo isso configura
Em danos materiais.



XXII

A 5ª categoria
É Violência Moral
São os crimes contra a honra
Está no Código Penal
Injúria, difamação;
Calúnia, etc e tal.



III

Segundo o artigo quinto
Esses tipos de violência
Dão-se em diversos âmbitos
Porém é na residência
Que a violência doméstica
Tem sua maior incidência.



XXIV

Quem pode ser enquadrado
Como agente/agressor?
Marido ou companheiro
Namorado ou ex-amor
No caso de uma domestica
Pode ser o empregador.



XXV

Se por acaso o irmão
Agredir a sua irmã
O filho, agredir a mãe;
Seja nova ou anciã
É violência doméstica
São membros do mesmo clã.



XXVI

E se acaso for o homem
Que da mulher apanhar?
É violência doméstica?
Você pode me explicar?
Tudo pode acontecer
No âmbito familiar.



XXVII

Nesse caso é diferente
A lei é bastante clara.
Por ser uma questão de gênero
Somente a mulher ampara
Se a mulher for valente
O homem que livre a cara.



XXVIII

E procure seus direitos
Da forma que lhe convenha
Se o sujeito aprontou
E a mulher desceu-lhe a lenha
Recorra ao Código Penal
Não à Lei Maria da Penha.



XXIX

Agora, num caso lésbico;
Se no qual a companheira
Oferecer qualquer risco
À vida de sua parceira
agressora é punida;
Pois a lei não dá bobeira.



XXX

Para que os seus direitos
Estejam assegurados
A Lei Maria da Penha
Também cria os Juizados
De Violência Doméstica
Para todos os Estados.



XXXI

Aí, cabe aos governantes.
De cada federação
Destinarem os recursos
Para implementação
Da Lei Maria da Penha
Em prol da população.



XXXII

Espero ter sido útil
Neste cordel que criei
Para informar o povo
Sobre a importância da Lei
Quem agride uma Rainha
Não merece ser um Rei.



XXXIII

Dizia o velho ditado
Que “ninguém mete a colher”.
Em briga de namorados
Ou de “marido e mulher”
Não metia…
Agora, mete!
Pois isso agora reflete
No mundo que a gente quer.

Do Tião Simpatia
Fonte:Site Falapovo.com

Postado por: Juliana Queiróz
Coletivo Cultural Esperança Garcia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

DIVULGANDO VAGAS CENTRO DE ACOLHIDA

Estamos iniciando a implantação do Centro de Acolhida 24 horas para pessoas em situação de rua no bairro do Jaçanã.
Para tanto, estaremos recebendo currículos especificamente para esse serviço, visando à contratação da equipe de trabalho.

Solicito a gentileza de divulgação:

PROCESSO SELETIVO conjunto Obra Social São Benedito/Unidade Monitoramento Avaliação CRAS Regional JT para Centro de Acolhida para Adultos 24 horas JAÇANÃ
Preferencialmente para pessoas que morem próximo a região, Zona Norte, Edu Chaves, Jardim Brasil etc.

Funções a serem selecionadas para contratação:

Função Formação Carga Horária Faixa Remuneração

Orientador Socio-Educativo II / Dia Médio ou superior 40 horas R$ 1.000,00
Orientador Socio-Educativo II/Noite Médio ou superior 12/36 R$1.500,00
Cozinheiro Alfabetizado 40 horas R$ 800,00
Agente Operacional II Alfabetizado 40 horas R$ 700,00


Favor encaminhar currículos para irieprado@hotmail.com

No corpo do e-mail, os candidatos deverão apresentar uma breve descrição do motivo de candidatar-se ao trabalho em serviço direcionado para população em situação de rua e o cargo pretendido.

O currículo e o breve relato fará parte do processo seletivo e os currículos selecionados serão convidados a participarem dos processos seguintes.

Raquel Almeida
Fonte: Mari Albuquerque