segunda-feira, 28 de março de 2011

Atividade CRAS Vista Alegre 23/03

A convite da assistente social Ana Carolina, o Coletivo Cultural Esperança Garcia esteve no último dia 23/03 no CRAS (Centro de Referência de Assitência Social) Vista Alegre para continuar a conversa com as mulheres da comunidade. Iniciamos com o fotoclip poético "Mulheres da minha terra" produzido por Sonia Regina Bischain, o vídeo busca mostrar a liberdade  poética nas vozes femininas e nos retratar por fotos em diversos espaços cotidianos.
O objetivo desse segundo encontro foi abordar como outras formas de violências e de preconceitos são praticadas contra as mulheres dentro e fora do ambiente doméstico. O desemprego, as diferenças saláriais, a educação, a responsabilidade com a casa e com a familia e a religião foram discutidas usando dados do IBGE (Instito Brasileiro de Geografia e Estatística)* sobre a situação da mulher brasileira e desse contexto que nos oprime históricamente.
Fizemos intervenções artísticas com trechos do livro "Quarto de Despejo" da Carolina Maria de Jesus e finalizamos com a apresentação de dança de Sirlene Jesus Santos junto com a leitura do poema "Eu me levanto" de Maya Angelou que emocionou todas as presentes.
Agradecemos a todas as mulheres e crianças que compareceram ao encontro, ao CRAS pelo espaço cedido.

por: Mariana Laiola




Coletivo Cultural Esperança Garcia

Mulheres presentes

Mari Laiola
Juliana Queiroz sobre os olhares atentos das meninas

Samanta Biotti

Sirlene de Jesus Santos


Sonia Regina Bischain e Juliana Queiroz


*http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.htm

terça-feira, 22 de março de 2011

Atividade CRAS Vista Alegre

Salve a Tod@s
No dia 16/03 no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Vista Alegre - Brasilândia. Nós do Coletivo Cultural Esperança Garcia, representada pela Juliana Queiroz. Realizou um bate papo com as mulheres da comunidade. Cerca de 25 mulheres na atividade e todas sofreram ou sofrem alguma violência, o mas alarmante é que a maioria registrou denúncia, contra a violência ocorrida. Certamente no ato da denúncia estas mulheres foram mal orientada sobre seus direitos. É impressionante o numero de mulheres vitimas de violências nas grandes periféricas das cidades.  No Brasil e no mundo há uma série de instrumentos legais que visam promover os direitos das mulheres. O desafio é fazê-los sair do papel e se transformar em ação. É importante destacar aqui que embora o “viver sem violência” seja um direito humano, mas historicamente as mulheres e  em  especial as mulheres negras foram agredidas em sua dignidade humana. "Vivendo num país extremamente racista, que é também um dos campeões da impunidade dos agressores de mulheres, nós, mulheres negras, estamos sob a mira da violência doméstica, sexual e racial, violências e discriminação agravadas pela exclusão econômica. A perversidade do racismo e machismo do sistema de saúde referenda a morte de mulheres, com um diagnóstico que não traz a violência doméstica e sexual nem o racismo para o atestado de óbito como causa principal." Alzira Rufino -  escritora, editora da Revista Eparrei e diretora-fundadora da Casa de Cultura da Mulher Negra de Santos.
 Existe uma classificação acerca dos tipos de violência sofridos pelas mulheres, como segue:
Violência contra a mulher - é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados;
Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono; 
Violência racial: está diretamente ligada ao racismo, que é um pensamento de existência de superioridade de raças e no caso da mulher negra essa violência se destina a diminuir  sua estima para que a mesma sinta-se inferior esteticamente à mulher branca que incorpora o “padrão ideal de beleza”.
Violência sexual - ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros;
Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino; 


Violência familiar - Violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa); 
Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa;

Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades; 

Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher;

Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores; 
Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal;


Por Juliana Queiroz dos Santos


Axé pra nós

sexta-feira, 18 de março de 2011

Atividades na Semana do Hip Hop

Salve a tod@s!!!



Esta semana esta acontecendo à semana do Hip Hop. Eu Raquel, fui convidada a dar oficina de Mc, não sou mc (no viés do Hip Hop que pressupõe que mc compõe e canta letra de rap), acredito que sou uma Mc do sarau Elo da Corrente, pois mc como muitos sabem significa mestre de cerimônias. Bom, aceitei o convitedesafio, e a oficina rolou ontem dia 17/03, no Céu Perus, tive uma aluna que me motivou e muito, acabou sendo um bate - papo, falei da poesia do rap, rap e literatura e virse e versos, e troquei muito com a Magda, a menina que fez a oficina. No fim da oficinabate-papo, propus uma atividade escrita cujo tema era à mulher na sociedade, a Magda topou na hora! Ela fez uma poesia linda, o que me emocionou muito, fiquei feliz pelo respaldo que teve a oficina, e pedi permissão para a Magda pra publicar sua poesia aqui no nosso blog.


Agradeço pelo convite, e agradeço a Magda que foi muito atenciosa!!!


Axé


Raquel Almeida

Segue a poesia feita por Magda dos Santos Paulino, 16 anos, moradora de perus


A Mulher na Sociedade
 
A mulher na sociedade
É vista com desigualdade
levando toda a liberdade
 
A mulher não tem o mesmo direito
que o homem tem
o respeito também
 
Mas a mulher é guerreira
E muito verdadeira
Sempre querendo vencer na vida
Levantando a auto-estima
 
A beleza da mulher é refletida do coração
Despertando ser feliz
Sem passar pelo juiz
Que é a sociedade
Que não revela a sua verdadeira personalidade
Generalizando e levando a sua identidade.


terça-feira, 15 de março de 2011

Lançamento do Fanzine Esperança Garcia no Sarau Poesia na Brasa 12/03


Salve!


Sábado no sarau Poesia na Brasa, nós do coletivo cultural Esperança Garcia lançamos nosso fanzine. A Ideia teve inicio em novembro/2010, onde decidimos colocar um material nosso nas ruas, como o fanzine foi o mais acessível, decidimos arriscar...


Essa edição cota com indicações de filmes, sugestões de leitura, falamos de escritoras negras e um pouco da nossa história oralmente contada. Ainda estamos engatinhando na questão do fanzine, pois este é criado de forma totalmente independente, até porque nós ainda não tínhamos feito fanzine antes, mas está sendo uma experiência bacana, montar, diagramar e escrever um pouco sobre nós e nossa história que é muito mal contada por aí.
Gostaríamos também de dizer mais uma vez o porquê do Coletivo. Decidimos montar um coletivo de mulheres por sentir falta da discussão de gênero na cultura de periferia, principalmente no âmbito da literatura onde temos maior atuação. Não nos fortalecemos sozinhas, somos fruto de muitas gerações de mulheres que lutaram e lutam por melhoria nas quebradas, exigir o respeito não é uma questão nova, é uma questão de séculos, e infelizmente até hoje ainda sofremos com o machismo impregnado na sociedade brasileira, o que se reflete no todo.


As mulheres negras e periféricas hoje estão se unindo pra poder discutir questões que nos afetam, e também discutir melhorias, modo de atuação, enfim, não somos inimigas de ninguém, quanto mais mulheres e homens se juntarem pra tentar mudar um pouco do sistema que predomina até hoje como o escravista, machista, católico, e outros mais, temos certeza que vamos evoluir e muito, isso juntos!
É triste ver que as pesquisas ainda apontam o quanto que a mulher brasileira é violentada, e o mais triste ainda é saber que existem leis que não são executadas como deveriam um dia me falaram que todos os dias é dia da mulher, fiquei pensando que se é mesmo, porque que a cada 15 segundos uma mulher é agredida?


São coisas que teria que ser interesse de todos, não só das mulheres!!!


Não queremos que ajoelhem aos nossos pés e peçam perdão, não queremos demonstração de afeto só no 8 de março, o respeito tem que ser continuo, a discussão tem que ser continua, ampla e com o mesmo espaço que todas as outras questões tem.


Outra coisa importante de ressaltar, NÃO SOMOS PEDAÇOS DE CARNES EXPOSTO EM AÇOUGUES!!! É preocupante o quanto a mulher é tratada como uma carne e só, como um bicho sem cérebro. Fico profundamente irritada quando eu falo das musicas, poemas, contos, e outras coisas mais que depreciam a mulher, e mais indignada ainda quando um homem diz "Elas gostam". Elas quem? De quais mulheres estão falando? Quem se acha no direito de decifrar o que uma mulher gosta ou não?


Outra pergunta pra se refletir no todo. SERÁ QUE São ESSAS IMAGENS DEPRECIATIVAS QUE QUEREMOS CONTINUAR PASSANDO DAS MULHERES NEGRA E PERIFÉRICAS?


Se decidimos fazer parte de movimentos culturais, eu Raquel pelo menos, foi por achar que poderia tocar em todos os assuntos sem medo, por achar que estava me envolvendo em lugares e com pessoas que pensam melhorias para a periferia de um modo geral, inclusive na questão feminina.


O Sonho não morre! Como disse, não fazemos acontecer nada sozinhas, é uma troca intensa com noss@s parceir@s de caminhada, o mínimo que queremos é chegar com informações aonde não chega, não queremos ver mais os rostos das nossas avós, mães, tias, primas, irmãs, tristes, queremos vê-las sorrindo, e com a certeza que SER MULHER É POSSÍVEL!!!


AXÉ


Raquel Almeida

Faz muito tempo

As mulheres, As meninas, As moças, As mães e tias da periferia
Querem homens profundamente
Mais educados, educadores
 Mais pensantes, pensadores
 Mais elegantes, não só reprodutores
 Mais generosos não geniosos
 Mais humanos cidadãos
 Porque a história tem seus ciclos sim
 E tudo se renova de olhos atentos
 E principalmente as avós
 Querem homens que enterrem seus mortos

Maria Tereza





domingo, 13 de março de 2011

SEMANA DO HIP HOP 2011 – HIP HOP COMBATENDO A VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA.



Programação:

Domingo dia 13/03/2011 Zona Central - Horário: 12:00hs/20:00hs
Tema Principal:“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra”

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473
12:00hs/13:30hs - Tema “O Hip-Hop em São Paulo: Genocídio, violência, movimento, auto-estima”

13:40hs/15:00hs - Tema “História viva do Hip-Hop em São Paulo”

15:10hs/16:30hs - “Debate Hip-Hop em ação: Periferia, Políticas, Cultura, Educação, Geração de renda”

16:40hs/18:00hs - “Debate Produção de Hip-Hop: Literatura, Vídeo, Moda, Internet e Possibilidades”

18:00hs/20:00hs - Apresentações Freestyle: Toca discos, microfones e pistas livres

Segunda-Feira dia 14/03/2011- Horário: 15:00hs/17:00hs
Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra juventude negra”


Local: Câmara Municipal de São Paulo - Viaduto Jacarei, 100 - Auditório Prestes Maia - 1ºandar

Horário: 19:00hs/21:00hs

Cine/Projeção de Clipes Hip-Hop Produção Brasileira - Sala Mario Pedrosa (Espaço Expositivo – Sobreloja)

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473

19:00hs/21:00hs Inicio das apresentações artísticas

Apresentações Freestyle: Toca discos, microfones e pistas livres

Terça-feira dia 15/03/2011 Zona Leste


Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Mulher – Saúde Educação”

Local: CEU Jambeiro - Rua Manuel Calhamares, 21500

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs- “O Hip-Hop combatendo a violência contra juventude negra:Mulher – Saúde – Educação”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Quarta-feira dia 16/03/2011 Zona Sul

Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Drogas – Geração de renda – Segurança Pública”

Local:CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 21500- Vila das Belezas

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Drogas- Geração de renda – Segurança Pública”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Quinta-feira dia 17/03/2011 Zona Oeste
Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Racismo – Exclusão – Descaso Urbano”

Local:CEU Perus

Rua Bernardo José de Lorena, s/n

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: Racismo – Exclusão – Descaso Urbano”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Sexta-feira dia 18/03/2011 Zona Norte

Tema Principal: “O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Políticas Públicas (Federal, Estadual, Municipal) – Qualificação – Implementação - Acesso”


Local:CEU Jaçanã -Rua Antônio César Neto, 105

16:00hs/17:30hs – Workshops Quatro Elementos

18:00hs/19:30hs-“O Hip-Hop combatendo a violência contra a juventude negra: “Políticas Públicas (Federal, Estadual, Municipal) – Qualificação – Implementação - Acesso”

19:30hs-21:25 : Apresentações artisticas dos quatro elementos

Sábado dia 19/03/2011 Zona Central Horário: 09:00hs/21:00hs

Local: Galeria Olido - Avenida São João, 473

Workshop: 10:00hs/ 13:00hs

13:00hs/21:00hs – Apresentações de encerramento.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Lançamento do II Fanzine do Coletivo Cultural Esperança Garcia

Salve!
Amanhã no sarau Poesia na Brasa será lançado o II Fanzine do Coletivo Esperança Garcia, junto com o fotoclip poético "Mulheres da Minha Terra"de Sonia Regina Bischain.
O convite está lançado, aguardamos a tod@s!!!

Axé!

Sarau Poesia na Brasa

Bar do Carlita

Rua Professor Viveiros Raposo, 534

Às 20h30




quinta-feira, 10 de março de 2011


Dia 13/03

A partir das 17hs

Local: Bar do Rui - R Prof. Felicio Cintra do Prado, 134 - Cidade Ademar
Em frente Escola Adventista

Sarau da Ademar - MULHERES

As Mulheres do Sarau da Ademar convida a todas e todos!!!
poesia, musica, amizade e luta!!!
Musica: Camila Brasil e Banda
Lançamento: Fanzine UM POR TODOS- Sarau dos Mesquiteiros
Inserção: Juliana Queiróz dos Santos


A LUTA CONTRA O MACHISMO NÃO É SÓ DAS MULHERES!

terça-feira, 8 de março de 2011

Reflexão ao Dia das Mulheres

Todas as vidas
Cora Coralina


Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...

Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.

Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.

Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.

Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.

Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

sexta-feira, 4 de março de 2011

“A cidade das mulheres”

O Cine Palmarino exibirá no próximo dia 12 de março o documentário “A cidade das mulheres”. A proposta é evidenciar neste mês dedicado às mulheres, a força feminina negra e sua participação na sociedade.O documentário A Cidade das Mulheres de Lázaro Faria ressalta a mulher negra baiana que inventou no Brasil um sistema matriarcal inédito, desenvolvido em torno do culto aos orixás. Cidade das Mulheres vem homenagear a força dessa mulher através de Mãe Stella, Yalorixá do terreiro Axé Opó Afonjá, símbolo maior de dignidade e doação.

Entrada gratuita

Quando: 12 de março (sábado) às 18h

Onde: Rua Nelson Fernandes, 257 - Jabaquara (próximo ao metrô)

Informações: (11) 7471-6766 - Com Luciete
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Debate CCJ

O encontro no CCJ nos proporcionou uma reflexão intensa da questão da mulher e do homem e suas relações.
Convidados da mesa do debate - Rafael Leona artista plástico e cenotécnico, Suely Rolnik, psicanalista crítica de arte e professora da PUC- SP e Samanta Biotti da Brasa. Não há uma regra para tratar do tema, pelo contrário se definirmos uma lógica para tratar do assunto caimos no princípio de uma discussão carregada de preconceitos e afirmações padrões de comportamento. Então vamos questionar e nos ouvir mais.
Como desnaturalizar essas essências que carregamos ao longo de nossas vidas estruturadas pela lógica do sistema?
Talvez um dos primeiros passos é compreender a desigualdade, mesmo porque as relações de gênero possuem uma dinâmica própria que se articula com outras formas de dominação (raça, etnia e classe), então talvez o caminho seja perceber as diferenças sem querer classificá-las e sim naturalizar essa diversidade como forma de expressão do crescimento humano. Temos muito a discutir para início de um novo olhar sobre nossas relações.


Samanta Biotti

Suely Rolnik e Rafael Leona










quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

AGENDA DO PROJETO TEATRAL CARNE - KIWI COMPANHIA DE TEATRO

O atual projeto da Kiwi Companhia de Teatro
Coperativa Paulista de Teatro discute as relações entre patriarcado e capitalismo, mostrando o panorama da exploração de classe e da opressão de gênero, destacando a situação específica da violência contra as mulheres no Brasil.

PRÓXIMAS APRESENTAÇÕES DA PEÇA CARNE
Com o apoio da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo
(todas as apresentações são gratuitas e seguidas de debates)

* Instituto e Ponto de Cultura Religare: 19 de fevereiro (sábado), às 20h e 20 de fevereiro (domingo), às 18h – Rua Souza Lima, 300/1º andar, Barra Funda

* USP Butantã (Geografia e História) – 21 de fevereiro (segunda-feira), 16h – Cidade Universitária, Avenida Prof. Lineu Prestes, 338, Prédio da Geografia

* USP Butantã – Letras: 22 de fevereiro (terça-feira), às 19h - Cidade Universitária, Avenida Prof. Lineu Prestes, 338

* Espaço Clariô: 26 de fevereiro, às 20h (sábado) e 27 de fevereiro (domingo), às 19h – Rua Santa Luzia, 96, Zona Sul (Taboão da Serra)

* Sacolão das Artes: 11 de março (sexta-feira) e 12 de março (sábado), às 20h – Av. Cândido José Xavier, 577, Pq. Santo Antonio.

* Centro de referência e apoio à vítima (CRAVI): 17 de março (quinta-feira), às 14h – Fórum Criminal da Barra Funda – Av. Abrhão Ribeiro, n° 313, avenida D, sala 429

* Ação Educativa: 01 de abril (sexta-feira), às 11h - Teatro Coletivo: Rua da consolação 1623. Centro

* Arsenal da Esperança: 15 de abril (sexta-feira), às 20h e 16 de abril (sábado), às 20h - Rua Dr. Almeida Lima, 900 (próximo a estação Bresser/Moóca do metrô)

As apresentações são sempre seguidas de debates com @s parceir@s institucionais do projeto - como a Marcha Mundial das Mulheres, SOF, Ação Educativa, entre outros - e/ou lideranças comunitárias e de organizações de mulheres da cidade de São Paulo.

duração do trabalho: 1h20 + 40 min. de debate
recomendável para maiores de 14 anos.

OFICINA TEATRAL “AS MULHERES E O SILêNCIO DA HISTóRIA”
Com o apoio da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo
(todas as atividades são gratuitas)

Esta oficina - parte do Projeto Carne - Patriarcado e capitalismo, da Kiwi Companhia de Teatro -, ministrada pelas atrizes e arte educadoras Fernanda Azevedo e Mônica Rodrigues e pela atriz e videoartista Maysa Lepique, pretende, através de estímulos teatrais, literários e recursos audiovisuais, discutir algumas ferramentas necessárias para que as mulheres assumam o protagonismo e escrevam suas próprias histórias - confiantes de que podem, a partir de suas experiências pessoais, ampliar o debate sobre a opressão contra as mulheres, passando da esfera privada e íntima para o espaço público.

Público alvo:
Mulheres jovens e adultas, artistas ou não, que tenham interesse em construir e compartilhar suas histórias à partir de estímulos artísticos e trocar métodos de discussão sobre o tema da opressão das mulheres em seus coletivos e grupos de trabalho.
* inscrições para as oficinas nos locais ou por telefone.

* Dias: 26 e 27 de fevereiro (sábado e domingo), das 10h às 13h

local: Coletivo Religare – Rua Souza Lima, 300, 1º andar (metrô Marechal, travessa da Rua Barra Funda na altura do nº 460). Tel: (11) 3825-9036

* Dias: 18 e 25 de fevereiro (sextas-feiras), das 10h às 13h

local: Ação Educativa – Rua General Jardim, 660, Vila Buarque. Tel: (11) 3151-2333 - ramal: 136, cel: 9712-5068 (falar com Rodrigo).

* Dias: 12 e 19 de março (sábados), das 15h às 18h
local: Sacolão das Artes -Av. Cândido José Xavier, 577 - Pq. Santo Antôniofone: 5819-2564 ou 5511-6561 (falar com Rita) http://sacolaodasartes.blogspot.com e-mail: sacolaodasartes@gmail.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Manifesto Contra o Racismo no Banco do Brasil

James Banthu



LUCIANO DIMIS DA SILVA foi à agência do BANCO DO BRASIL, situada à Rua Rego Freitas, n. 530, República, São Paulo-SP, no dia 09 de fevereiro de 2011, por volta das 14h30, para descontar seu salário pago em cheque pela Ação Educativa no valor de R$ 504,00 (quinhentos e quatro reais). Na porta giratória que dá acesso aos caixas do Banco – onde descontaria o cheque e receberia o dinheiro em espécie – foi diversas vezes barrado: não havia armário para colocar sua mochila, em que levava um computador portátil (Laptop).

Após abrir várias vezes a mochila, todos os bolsos e mostrar que não levava nenhum objeto que oferecesse risco à segurança do banco, os seguranças ainda assim o impediram de entrar. Enquanto estava com a mochila apoiada no chão e aberta, a segurança feminina que estava ao seu lado chamou um Policial Militar que passava fora da agência.

O Policial Militar, por sua vez, revistou novamente sua mochila, onde não achou nada. Após LUCIANO DIMIS DA SILVA perguntar para o PM se ele podia entrar na agência, ele disse “vamos para o canto para eu te revistar”.

Determinou arbitrariamente que ele fosse até a parede e colocasse suas mãos na cabeça, quando o revistou, no saguão interno do banco, ao lado dos caixas. No canto, disse em tom agressivo, com o dedo em sua cara, coisas do tipo: “Você precisa me respeitar!”, “Coloca a mão para trás!”, “Cala a boca!”, “Se eu quiser, se eu mandar, eu posso até te deixar pelado aqui!”, “Só fala depois de mim; cala a boca!”, “Se você não calar a boca, eu vou te algemar aqui!”. Neste momento, sentou-se no chão, pois suas pernas estavam trêmulas, e continuava recebendo ordens e “lições de moral” do Policial.

Após todo esse embate, LUCIANO não tentou mais entrar no Banco, nem receber o dinheiro de seu cheque, o que está provado pela cópia que acompanha este documento. O Policial Militar disse: “isso aqui não problema de cor, de religião, nem de nada.” ao que o LUCIANO respondeu:

“Quem está falando em cor aqui é o senhor!”. Saiu do banco humilhado e atordoado, esqueceu seu RG, que estava com o Policial, e que teve que voltar para pegar.

O impedimento de entrar no Banco seguido das inúmeras humilhações às quais foi submetido são completamente injustificados – dado que ele não levava nenhuma arma ou instrumento que pudesse colocar o Banco em risco – e não se negou a abrir a sua mochila para mostrar o conteúdo.

*Se ele não oferecia nenhum risco a segurança do banco, já que não estava armado, por que foi proibido de entrar? Racismo!



Assine o manifesto no blog : http://colecionadordepedras1.blogspot.com/

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ENCONTRO DA FRENTE NACIONAL DE MULHERES NO HIP HOP


Esta atividade é um espaço para a reflexão sobre a questão de gênero dentro da cultura Hip Hop. O objetivo deste encontro é fortalecer o debate democrático de idéias com a formulação de propostas, a troca livre de experiências e desenvolvimento do fazer artístico das mulheres ligadas ao Hip Hop.

Dia 13 (domingo),a partir das 9h.
Comunidade Cultural Quilombaque - Travessa Cambaratiba, portão 05,Beco da Cultura ao lado da estação de trem Perus, Zona Oeste.
Entrada R$ 5,00. (11) 3915-7539.

quilombaque@gmail.com

http://www.comunidadequilombaque.blogspot.com/


http://www.mulheresnohiphop.com.br/