
Endereço: Estrada do Alambique, 27 A - Parque Taipas. Quando chegar na Av Fernando Mendes de Almeida, altura 72, seguir para Rua Fragata da Constituição até a Rua Salmo de Davi (em frente EMEI Parada de Taipas), entrar na Rua Jardim do Eden e virar na 2ª direita na Rua Antonio Inácio Torres, seguir até a Travessa Candido Nazaré, no fim da rua virar a esquerda e acessar a Estrada do Alambique (ladeira íngreme), após o declive (pode estacionar carro) o Quilombo é subindo cerca de 30mts a pé.
Páginas
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
CineMulher
O Cinemulher está de volta e tem muitas novidades para 2012!
A primeira é que nossas atividades serão itinerantes e acontecerão em parceria com entidades que dialogam com nossa proposta.
A parceria de fevereiro é com o Centro de Cultura Social - CCS, que abriu suas portas para que pudéssemos começar o ano com a exibição de Memória para uso diário da diretora Beth Formagginni.
Nossa convidada é Margareth Rago, Professora Titular do Departamento de Historia da Unicamp, autora de importantes títulos como Do Cabaré ao Lar – a utopia da cidade disciplinar; Narrar o passado, repensar a história e Feminismo e Anarquismo no Brasil.
Sinopse
Memória para uso diário é um mergulho na memória das vítimas da ditadura no Brasil. Memória que se espraia nos objetos, documentos, histórias, marcas e signos com os quais seus familiares convivem cotidianamente. O filme de Beth registra a vivência cotidiana desta memória e a luta política pela visibilidade da história não oficial, aquela que não foi representada pela propaganda ufanista dos anos de chumbo e que hoje se atualiza no relato das mães que tiveram seus filhos assassinados pela polícia na periferia e favelas cariocas.
Nosso fio condutor é Ivanilda, que durante 31 anos procurou nos arquivos sinais do seu marido desaparecido político. Suas idas e vindas se traçam com as ações de militantes e parentes das vítimas da ditadura e da violência policial dos dias de hoje que vão desvelando outros fios pelas ruas e cemitérios clandestinos do Rio. Eles pertencem ao Grupo Tortura Nunca Mais/RJ e interagem entre a lembrança traumática e o esquecimento no trabalho de trazer à tona a memória de fatos recentes, revelando a seletividade da história.
Gênero: documentário
Duração: 94 min.
Produção: Grupo Tortura Nunca Mais/RJ e 4Ventos. 2007
Melhor documentário Júri Popular Festival Internacional de Cinema do RJ 2007.
Seleção do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana, Cuba, 2007.
Data: 11/02 (Sábado)
Horário: 18h30
Local: Centro de Cultura Social – CCS
Rua General Jardim, 253 – sobreloja – sala 22
Vila Buarque (próximo ao metrô República)
Exibição gratuita
Fonte:http://cinemulher.blogspot.com/2012/02/memoria-para-uso-diario.html
Marcadores:
CineMulher,
Memória para uso diário
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Sarau Elo da Corrente volta na próxima quinta
SARAU ELO DA CORRENTE
quinta-feira (09/02/12)
às 20:30
Bar do Santista
Rua Jurubim, 788- Pirituba -SP.
Venha versar e celebrar muita poesia com a gente!!!
Marcadores:
sarau Elo da Corrente
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
SMPP apoia exposição sobre Igualdade de Gênero
Entre os dias 30 de janeiro a 17 de fevereiro, a sede da prefeitura de São Paulo, receberá a exposição fotográfica “Mulher Angolana – Ao Encontro do Desenvolvimento Sustentável?” que conta com o apoio da Coordenadoria da Mulher, da Secretaria Municipal de Participação e Parceria (SMPP).
O evento, desenvolvido pelo The Planet Earth Institute (PEI), em parceria com a World Press Photos (WPP), é promovido pelo Banco Espírito Santo Angola que a partir de um workshop realizado em 2010 selecionou oito fotógrafos locais para participar desta exposição itinerante e de um livro.
Durante o workshop, os participantes aprenderam, segundo o professor e fotógrafo nova-iorquino Jonathan Torgovnik, “a navegar pelo íntimo, e por vezes intenso, processo de criação de um bom retrato”.
A exposição vai reunir 34 cubos de fotos de mulheres angolanas das mais diversas classes sociais, entre ministras, professoras, donas de casa, médicas e professoras, mulheres angolanas que têm algo a contribuir para o desenvolvimento sustentável do seu país.
O intuito da exposição é promover a reflexão sobre o papel da mulher em campos de chefia e direção, seja no nível empresarial ou em cargos governamentais, na sociedade como um todo, além de defender a igualdade de gênero.
Serviço:
Exposição “Mulher Angolana – Ao Encontro do Desenvolvimento Sustentável?”
Quando: 30 de janeiro a 17 de fevereiro
Horário: 8h ás 19h
Local: Edifício Sede da Prefeitura de São Paulo
Endereço: Viaduto do Chá, 15- Centro.
Horário: 8h ás 19h
Local: Edifício Sede da Prefeitura de São Paulo
Endereço: Viaduto do Chá, 15- Centro.
Entrada Gratuita
domingo, 29 de janeiro de 2012
Assassinada há 17 anos: Movimento Negro homenageia a historiadora Maria Beatriz Nascimento
Assassinada às 17 horas há 17 anos. A historiadora negra e ativista do movimento negro,Maria Beatriz Nascimento, recebeu ontem, 17 horas de 28 de janeiro, as homenagens póstumas no Instituto de Pesquisas das Cultura Negras do Rio de Janeiro.
(por Alex Ratts) Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) é intelectual ativista negra contemporânea de Eduardo Oliveira e Oliveira e Hamilton Cardoso. Nasceu em Aracaju, Sergipe e, no final da década de 1940, migrou com a família para o Rio de Janeiro. Em 1971 graduou-se em história pela UFRJ. A partir de 1975 foi uma das principais Construtoras do IPCN onde destacou-se como uma das mais importantes militantes, com destaque por seu trabalho de levar história do negro às Escolas de Samba. Esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, em 1974, na Universidade Federal Fluminense (UFF), compartilhando com estudantes negros/as universitários/as do Rio e São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral, a exemplo da Quinzena do Negro realizada na USP em 1977. Concluiu a Pós-graduação lato sensu em História na Universidade Federal Fluminense, em 1981, com a pesquisa Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas. Seu trabalho mais conhecido e de maior circulação trata-se da autoria e narração dos textos do o filme Ori (1989, 131 min), dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. Essa película documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como idéia central e apresentando, dentre seus fios condutores, parte da história pessoal de Beatriz Nascimento. Através dessa participação percebe-se outra face de suas atividades: a poesia. Ao longo de vinte anos, tornou-se estudiosa das temáticas do racismo e dos quilombos, abordando ainda a correlação entre corporeidade negra e espaço e as experiências de longos deslocamentos socioespaciais de africanos/as e descendentes, por meio das noções de “transmigração” e “transatlanticidade”. Seus artigos foram publicados em periódicos como Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Isto é, Jornal Maioria Falante e Última Hora. Há também registros dela em entrevistas a jornais e revistas de grande circulação nacional a exemplo do Suplemento Folhetim da Folha de São Paulo, Revista Manchete, além de ensaios e poemas inéditos.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
HOJE, DIA 12 DE JANEIRO, É O ANIVERSÁRIO DE MARIA MADALENA CORREA DO NASCIMENTO, PERNAMBUCANA DA ILHA DE ITAMARACÁ (CHOCALHO DE PEDRA), DANÇARINA, COMPOSITORA E CANTORA DE CIRANDA.
FICOU CONHECIDA COMO “LIA DE ITAMARACÁ” NOS ANOS 60, QUANDO A CANTORA E COMPOSITORA NASCIDA EM VITÓRIA/ES E CRIADA EM RECIFE, TECA CALAZANS CANTOU PARA O MUNDO: "ESTA CIRANDA QUEM ME DEU FOI LIA QUE MORA NA ILHA DE ITAMARACÁ".
HOJE, LIA É A "DAMA DA CIRANDA" E DESDE DE 2005, CARREGA O TÍTULO DE PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO. PARABÉNS GRANDE SENHORA!
PS: EM 2004, COM A AJUDA DE AMIGOS QUE FEZ NO PAÍS BASCO, LIA COMPROU O ESPAÇO ONDE ATUALMENTE FUNCIONA O “CENTRO CULTURAL ESTRELA DE LIA” (CCEL), NA PRAIA DE JAGUARIBE, NO MUNICÍPIO DE ITAMARACÁ.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Mulheres negras por elas mesmas
por Rosângela Praxedes
O ponto de vista das mulheres sobre as suas circunstâncias quase nunca está plenamente representado na literatura. Quando pensamos nas representações sobre as mulheres negras e suas realidades específicas na sociedade brasileira, então, é fácil percebermos como as identidades estão diluídas nas representações dominantes construídas sobre as “mulheres” em geral.
Em muitos textos considerados clássicos, as mulheres negras aparecem para servir a mesa e a cama, arrumar a casa e desaparecem. Essas representações estão amplamente difundidas, mas nenhum texto as sintetizam melhor, ou pior, do que “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, por expressar as narrativas dos senhores de escravos que combinam opressão colonial racista com submissão patriarcal. As histórias que envolvem mulheres negras ocorrem em ambientes das classes abastadas, protagonizadas pelos proprietários e proprietárias quase nunca negros, nunca mulheres negras.
Vou tratar neste pequeno ensaio de dois livros que estão na contramão das narrativas que mencionei acima, pois expressam de modo próprio a voz subalterna e feminina. Os dois livros foram encontrados por mim em situações que traduzem bem aquele tipo de situação que a escritora Ana Maria Gonçalves chama de serendipidade: uma palavra “usada para descrever aquela situação em que descobrimos ou encontramos alguma coisa enquanto estávamos procurando outra, mas para a qual já tínhamos que estar, digamos, preparados”.[AOZ1]
Estava na livraria procurando um livro infantil para meu filho, quando me deparei na estante de obras destinadas ao público infanto-juvenil, com o título “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus. Título e autora cujos nomes me soam familiares desde a minha infância, mas que não sei bem porque ainda não havia lido. O livro foi publicado pela primeira vez em 1960, depois do manuscrito e a autora terem sido descobertos pelo jornalista Audálio Dantas, enquanto este fazia uma reportagem sobre a favela do Canindé, nas margens do rio Tietê, na cidade de São Paulo. Comprei o livro, mesmo sem encontrar um título adequado ao meu filho. Li naquele mesmo dia o “Quarto de Despejo”. Fiquei impressionada com a intensidade do relato daquela mulher negra e favelada, subalternizada pelas relações de exploração econômica, somadas às chamadas assimetrias de gênero, vítima do racismo e da exclusão social e cultural. Ao mesmo tempo fiquei triste por saber que as situações descritas naquele livro, muito longe de terem acabado, definem as condições de vida de inúmeras outras Carolinas, passadas já quase cinco décadas do lançamento do livro.
Carolina é uma mulher que procura manter sua integridade em meio à miséria proporcionada aos pobres, negros e índios na sociedade de consumo. Neste livro ela relata a miséria em seu cotidiano de catadora de papel na rica cidade de São Paulo. Seus relatos nos remetem à vida difícil da moradia improvisada, da fome, das doenças, das mortes, mas trazem também a ternura pelos filhos, a busca da dignidade, o amor pelos homens, o sonho de ser escritora, o amor à vida. Tudo isso expresso com a voz própria que construiu inspirada pela sua visão informada pela consciência de gênero e da discriminação racial de que era vítima. Podemos depreender esta consciência em uma passagem singela do seu relato em que ela associa a dificuldade para garantir a alimentação para a sua família com a exploração econômica que trata gente e gado, simplesmente como mercadorias. Leiamos o seu relato:
23 de junho... Passei no açougue para comprar meio quilo de carne para bife. Os preços eram 24 e 28. Fiquei nervosa com a diferença de preços. O açougueiro explicou que o filé é mais caro. Pensei na desventura da vaca, a escrava do homem. Que passa existência no mato, se alimenta com vegetais, gosta de sal mas o homem não dá porque custa caro. Depois de morta é dividida. Tabelada e selecionada. E morre quando o homem quer. Em vida dá dinheiro ao homem. E morta enriquece o homem. Enfim, o mundo é como branco quer. Eu não sou branca, não tenho nada com estas desorganizações”. (p. 63)
A mulher negra e pobre ergue a sua voz para denunciar a opressão promovida por aquele que comanda a circulação das mercadorias, a exploração econômica e a opressão de gênero e de raça: o homem branco proprietário
Mais serendipidade. Ainda estava com este livro na cabeça quando encontrei um amigo que não via há tempos, o José Apóstolo, também colunista deste Espaço Acadêmico. Ele, sempre preocupado em “salvar o mundo”, me disse que estava pensando em participar de um projeto de implementação de políticas culturais na periferia de São Paulo. A conversa se voltou ao “Quarto de Despejo”, e depois de ler e se sensibilizar com o livro e a sua indiscutível atualidade surgiu-lhe a idéia de montar na periferia uma biblioteca de autores afro-brasileiros. Passamos a imaginar a biblioteca que seria implementada em algum daqueles bairros, com pouca infra-estrutura de lazer e de habitação, distante do centro financeiro e político da cidade e que certos cientistas sociais e jornalistas denominam como “cidades dormitórios”, bairros em que os adultos e os que têm idade para trabalhar e emprego, deixam de manhã e voltam só à noite para dormir. Dando um salto neste relato, a biblioteca não é mais simplesmente uma idéia, um sonho ou um projeto. Já existe, o bairro é o nada sonolento Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, e o nome não poderia ser outro, é “Biblioteca Carolina de Jesus”. Quem sabe os livros possam colaborar para que as tantas Carolinas desse bairro encontrem referências na literatura e resolvam resgatar a sua voz contra a subalternidade e as conseqüências nefastas das condições precárias de sobrevivência que o mundo atual lhes apresentam.
Mas tudo isso me veio à lembrança depois de encontrar um outro livro, de novo sem que eu o estivesse procurando, e veio pelas mãos de uma pessoa muito especial. Ele me convidou para uma sessão de cinema no shopping. Aceitei com peso na consciência afinal estava lotada de trabalho, mas estava precisando de distração, havia dias que não saía de casa. Grande decepção, a sessão do filme escolhido estava lotada, os outros filmes não valiam a pena. Pensamos em comprar ingressos para a próxima sessão, mas fomos até a livraria tomar um café, idéia que partiu dele e que não gostei, pois a última coisa que queria ver naquele momento eram livros, novos livros. Estava vivendo dia e noite rodeada por livros, que precisava consultar para encerrar vários relatórios de trabalho e para finalizar a minha pesquisa de mestrado. Cada vez que ia a uma livraria me ocorria a sensação angustiante de que nunca conseguiria terminar de ler toda a literatura necessária à minha pesquisa, a cada dia surgindo novos títulos importantes. Mas para não ser deselegante com homem tão bonito, educado e gentil, fomos à livraria.
Logo na entrada, nas gôndolas de lançamentos, um livro parecia que me chamava, parecia ter umas mil páginas, tinha uma capa bem bonita. Realmente eu não queria ver livros, mas não tinha mais jeito, eu já estava interessada naquele, fomos para o café, e enquanto conversávamos acompanhados do meu chocolate quente e do favorito dele, café expresso com creme, fui folheando aquela obra que já me fascinara.
De novo uma escritora, Ana Maria Gonçalves, uma mulher negra, contando a história de outra mulher, outra mulher negra. A habilidade com as palavras, a sensibilidade para falar das tragédias humanas, a história de Kehinde. O livro é “Um Defeito de Cor”, e narra a trajetória de Kehinde/Luísa, uma africana que chegou ainda criança, como escrava em terras brasileiras. É uma narrativa construída por uma jovem e mais que talentosa escritora, que revela os relatos de Kehinde, seu cotidiano, a vida vista a partir da Senzala e não da Casa Grande, a partir dos olhos de uma menina, de uma mulher, e não a partir do ponto de vista masculino ou do ponto de vista de um homem.
Além da narrativa instigante, foi nestes dois sentidos, o de gênero e o de situação social, que este livro me “encantou”, e esta é a melhor palavra para definir a minha relação com esta obra inigualável, porque desde que o tomei nas mãos, sempre arrumo tempo para ler algumas de suas 952 páginas e penso como foi bom aceitar o convite para ir ao cinema. A história das mulheres negras em nosso país ainda está para ser contada em romances, em teses, em novelas, em canções. Há muito o que escrever sobre uma sociedade racista e sexista, que destina à mulher negra as piores condições sociais. Desde a escravidão nossas ancestrais desempenharam a função da “mãe-preta” que muitas vezes era obrigada a abandonar seus próprios filhos para alimentar e cuidar dos filhos dos escravocratas. Essa situação não é muito diferente atualmente, se considerarmos tantas e tantas mulheres negras que passam o dia cuidando de crianças de suas patroas, enquanto seus filhos ficam sozinhos em casa, expostos a inúmeros riscos. Sem contar o tratamento dado à mulher negra, como portadora de um corpo dotado de uma sexualidade exótica, que é ensinado por uma ideologia racista que representa a pessoa negra como selvagem, situada em uma posição inferior na escala evolutiva em relação aos brancos e mais próxima da natureza animalesca.
Mas estas circunstâncias adversas não nos inspiram atitudes lamentativas e de vitimização. Pelo contrário, o contexto social e cultural de formação das mulheres negras nos proporciona a necessidade de atitudes não contemplativas. Apesar desta situação injusta e não condizente com uma sociedade democrática, lutamos contra a identificação das mulheres aos estereótipos de submissão e dependência associadas à figura feminina pelo imaginário machista e patriarcal. Como nos ensina a professora norte americana Bell Hooks, a “educação para a conscientização crítica pode fundamentalmente alterar nossas percepções da realidade e de nossas ações.”
Agora, quando a nossa história e as circunstâncias em que vivemos são narradas com voz própria por grandes escritoras como Carolina Maria de Jesus e Ana Maria Gonçalves, ah!, então, me chega o contentamento de fazer parte deste universo, de ter crescido e convivido com tantas culturas, e de sentir que todos têm histórias dignas de serem narradas.
Todos nós, mulheres e homens, negros e não negros, temos muito que aprender se nos voltamos a ouvir e a ler os relatos de resistência, de amores, de lutas contadas pelos povos que aqui viveram sofrendo, mas sobretudo resistindo à opressão econômica, racista e sexista.
Marcadores:
Mulheres negras por elas mesmas
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Lançamento da Antologia Negrafias–Literatura e Identidade vol.3
(Divulgação)
Chamação para o lançamento da antologia Negrafias – Literatura e Identidade vol. 3
O Convite é irresistível: Lançamento da antologia Negrafias – Literatura e Identidade vol. 3. São vinte autor@s, que se debruçam sobre o pálido papel, com liberdade criativa, formando um mosaico de gênero, alcançando outra forma de contar nossa história. Como descrito na orelha do livro “Negrafias é chama de fogueira justiceira que queima o pau apodrecido e alumia o pensamento. É lâmina de obé amolado que rasga o pálido conforto da consciência incolor de mocinhos e mocinhas. É água de chuva, daquelas que purifica a vida e rega colheita. É livro que contém histórias e personagens imateriais, porém de uma realidade tão porosa que será difícil não ser, de algum modo, cúmplice. É um prazer servir na sua mesa um cardápio literário repleto de negros contos, poesias e ousadias”(...).
O local do lançamento será no recomendável Bar Paiol, do nosso amigo Bru, que se localiza na Rua Inácio Pereira Rocha, n. 273 no bairro de Pinheiros a partir das 20hs. Ficaremos muito contentes com a presença de tod@s vocês para que possamos celebrar mais essa conquista e trocar positivas energias!
O valor arrecadado com a venda deste livro será destinado para a construção de um espaço comunitário na Comunidade de Terreiro Ilê Axé de Yansã, no município de Araras/SP.
Autores participantes:
Organização: Marciano Ventura
André Luis Patrício (SP), Andrio Candido (SP), Damazze Lima (SP), Elis Regina Feitosa do Vale (SP), Fau Ferreira (BA), Fernanda Rodrigues Miranda (SP), Geranilde Costa e Silva (CE), Hamilton Borges Walê (BA), Janaína Santana (SP), Jociara Keila (SP), Juliana Queiroz (SP), Marcelo Mafra (SP), Marciano Ventura (SP), Marcio Folha (SP), Nina Silva (RJ), Paulo Cigano (SP), Pollyanne Carlos da Silva (PE), Priscila Preta (SP), Sirlene Santos (SP), Sueide Kintê (BA).
Programação
Mestre de Cerimonia: Rubão O Iluminado
Grupo Raizarte – O malandro e a dançarina
Dança a Oxum - Coletivo Cultural Esperança Garcia com participação de Giovani di Ganzá
DJ Edmilson, o Dj Diferenciado
Pocket show com Felipe Augusto - Quilombrasa
Sarau de Poesia
Lançamento do IV Zine Coletivo Cultural Esperança Garcia
Mercado Preto: Omosholá Artes Africanizadas , cds, artesanatos.
Atrações surprezas!!!
Ciclo Contínuo de Literaturas
Coordenação Geral/Editorial: Marciano Ventura
Coordenação de Produção: Valéria Alves de Souza
Coordenação Pedagógica: Sylvia Sabrina Santander
Projeto Gráfico e capa: Denis A. Figueiredo
Ilustração da Capa: Conde (in memoriam)
Revisão: Fernanda Rodrigues de Miranda
Colaboradores: Marcio Custódio de Oliveira, Elis R. do Vale Feitosa, Samuel Galvase, Rubens Barbosa Leal
Apoio: Ilê Axé de Yansã e Bar Paiol
Patrocínio
Programa VAI/Prefeitura de São Paulo
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Ato de repúdio pelo assassinato de mulheres - BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
No ano de 2011 duas mulheres foram brutalmete assassinadas por parceiros íntimos no Jardim Bandeirantes, localizado no Lajeado, Zona Leste da Capital, distrito apontado com maior índice do Município em relação à internação em unidades hospitalares por agressão de mulheres de acordo com o Observatório Nossa São Paulo (Fonte: AIHs/Datasus).
Diante destes acontecimentos estamos convidando tod@s para fazer um ATO DE REPÚDIO.
O objetivo do Ato é unir e comprometer a sociedade para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher e incentivar para que as mulheres que vivem violencia se esforcem para denunciar.
AJUDEM-NOS A DIVULGAR!
COMPROMETA-SE
TOME UMA ATITUDE
EXIJA SEUS DIREITOS
Convidam:
Associação de Voluntários Integrados no Brasil (AVIB)
Casa Cidinha Kopcak
Católicas pelo Direito de Decidir
Centro de Infromação da Mulher (CIM)
Cine Campinho - Criança Feliz
Coletivo Anastácia Livre
Coletivo Arte Malokera
Instituto Paulista de Juventude (IPJ)
Liga Brasileira de Lésbicas (LBL)
Marcha Mundial das Mulheres
Movimento de Cultura Os Guaianás
Movimento de Mulheres Olga Benário
Centro de Referência da Assistencia Social do Lajeado e de Guaianases (PMSP)
União dos Movimentos de Moradia de São Paulo
Diante destes acontecimentos estamos convidando tod@s para fazer um ATO DE REPÚDIO.
09/12/2011 (SEXTA FEIRA)
15H00
LOCAL: RUA ALECIO PRATES, PRÓXIMO AO NÚMERO 84
O objetivo do Ato é unir e comprometer a sociedade para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher e incentivar para que as mulheres que vivem violencia se esforcem para denunciar.
AJUDEM-NOS A DIVULGAR!
COMPROMETA-SE
TOME UMA ATITUDE
EXIJA SEUS DIREITOS
Convidam:
Associação de Voluntários Integrados no Brasil (AVIB)
Casa Cidinha Kopcak
Católicas pelo Direito de Decidir
Centro de Infromação da Mulher (CIM)
Cine Campinho - Criança Feliz
Coletivo Anastácia Livre
Coletivo Arte Malokera
Instituto Paulista de Juventude (IPJ)
Liga Brasileira de Lésbicas (LBL)
Marcha Mundial das Mulheres
Movimento de Cultura Os Guaianás
Movimento de Mulheres Olga Benário
Centro de Referência da Assistencia Social do Lajeado e de Guaianases (PMSP)
União dos Movimentos de Moradia de São Paulo
Racismo no Colégio Anhembi Morumbi - Estagiaria forçada a alisar o cabelo para manter a 'boa aparência'
Estagiária se recusa a alisar cabelo e é hostilizada no trabalho
A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário acusa seus superiores de perseguição e racismo. Conforme Boletim de Ocorrência registrado no dia 24 de novembro, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, ela teria sido forçada a alisar o cabelo para manter a "boa aparência". A diretora do Colégio Internacional Anhembi Morumbi ainda teria prometido comprar camisas mais cumpridas para que a funcionária escondesse os quadris.
Ester conta que foi contratada no dia 1º de novembro de 2011, para atuar no setor de marketing e monitorar visitas de pais interessados em matricular seus filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, na cidade de São Paulo. A estagiária afirma ter sido convocada para uma conversa na sala da diretora, identificada como professora Dea de Oliveira. Nos dias anteriores, sempre alguém mandava recado para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores.
"Ela disse: 'como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso'. Então, ela começou a falar que o cabelo dela era ruim, igual o meu, que era armado, igual o meu, e ela teve que alisar para manter o padrão da escola."
Além das advertências, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo da conversa aos demais funcionários do colégio. Eles teriam demonstrado solidariedade ao perceber que a estagiaria estava em prantos no banheiro.
"Depois disso, eu me vesti para ir embora e, quando estava saindo, ela me parou na porta e disse: 'cuidado com o que você fala por aí porque eu tenho vinte anos aqui no colégio e você está começando agora. A vida é muito difícil, você ainda vai ouvir muitas coisas ruins e vai ter que aguentar'."
Colégio se defende
Após contato da reportagem, um funcionário indicado pela Direção do Anhembi Morumbi informou que a instituição não recebeu nenhuma notificação sobre o registro do Boletim de Ocorrência. Ele negou a existência de preconceito e se limitou a dizer que "o colégio zela pela sua imagem e, ao pregar a 'boa aparência', se refere ao uso de uniformes e cabelo preso".
A advogada trabalhista Carmen Dora de Freitas Ferreira, que ministra cursos no Geledés – Instituto da Mulher Negra – assegura que a expressão "boa aparência" é usada frequentemente para disfarçar preconceitos.
"Não está escrito isso, mas quando eles dizem 'boa aparência', automaticamente estão excluindo negros, afrodescendentes e indígenas. O padrão é mulher loira, alta, magra, olhos claros. É isso que querem dizer com 'boa aparência'. E excluir do mercado de trabalho por esse requisito é muito doloroso, afronta a Lei, afronta a Constituição e afronta os direitos humanos."
Métodos conhecidos
De acordo com o depoimento da estagiária, as ofensas se deram em um local reservado. A advogada explica que essa prática é comum no ambiente de trabalho, além de ser sempre premeditada.
"O assediador sempre espera o momento em que a vítima está sozinha para não deixar testemunhas, mas as marcas são profundas. O preconceito é tão danoso, que ele nega direitos fundamentais, exclui, coloca estigmas, e a pessoa se sente humilhada, violentada. Quando o assediador percebe a extensão do dano, ele tenta minimizar, dizendo 'não foi bem assim, você me interpretou errado, eu não sou discriminador, na minha família, a minha avó era negra'."
Ester ainda afirma que teria sido pressionada a deixar o trabalho, ao relatar o ocorrido a uma conselheira do Colégio. Como decidiu permanecer, passou a ser vigiada constantemente por colegas.
"Eu estou lá e consegui passar numa entrevista porque sou qualificada para o cargo, mas ela não viu isso. Ela quis me afrontar e conseguiu abalar as minhas estruturas emocionais a ponto de eu me sentir um lixo e ficar dois dias trancada dentro de casa sem comer e sem beber. Você pensa em suicídio, se vê feia, se sente um monstro."
Sequelas e legislação
Ester revela que as situações vividas no trabalho mexeram com sua auto-estima e também provocaram grande impacto nos estudos e no convívio social.
"Desde que isso aconteceu, eu não consigo mais soltar o cabelo. Quando estou na presença dela eu me sinto inferior, fico com vergonha, constrangida, de cabeça baixa. É a única reação que eu tenho pela afronta e falta de respeito em relação a mim e à minha cor."
O Boletim de Ocorrência foi registrado como prática de "preconceito de raça ou de cor". A Lei Estadual nº 14.187/10 prevê punição a "todo ato discriminatório por motivo de raça ou cor praticado no Estado por qualquer pessoa, jurídica ou física". Se comprovado o crime, os infratores estarão sujeitos a multas e à cassação da licença estadual para funcionamento.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
Fonte: Correio do Brasil
Marcadores:
Racismo no Colégio Anhembi Morumbi
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
CINE CARCARÁ SP
DOMINGO
04/11/11
15 HORAS
EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO
"MISSIONÁRIOS RADICAIS"
A ação da Igreja católica, através da Teologia da Libertação, na periferia de São Paulo, durante a ditadura militar nos anos
70.
Após a exibição, bate papo com Eu Ni Ce e Sonia Regina Bischain, que participaram ativamente da Comunidade Eclesial de Base de Vila Penteado/Brasilândia
ONDE:
ESPAÇO CULTURAL
ELO DA CORRENTE
RUA JURUBIM, 788
PIRITUBA
INFORMAÇÕES:
Assinar:
Postagens (Atom)
Sites que participamos e acompanhamos
-
-
Imperdível!!Há 11 anos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
TAMO DE VOLTA !Há 9 anos
-
Da próxima vez que eu me apaixonar...(*)Há 12 anos
-