segunda-feira, 31 de maio de 2010

BANCO DE DADOS BRASIL ÁFRICA

O Brasil África é um projeto que está sendo desenvolvido no IEB desde 2009 com o financiamento da FAPESP. O projeto tem por objetivo central disponibilizar ao público livros e documentos raros do IEB relativos ao continente africano no período que se estende do século XVI ao XIX.  Foi construída  uma base de dados contendo informações detalhadas sobre cada documento selecionado, tais como o nome do autor, da obra, a data, e o local da publicação. A base trás também um breve resumo de cada documento indicado. A finalidade da base é facilitar o acesso do pesquisador a inúmeras fontes relacionadas a temas diversos relativos ao continente africano, tais como viagens, escravidão, comércio, história, geografia, medicina, religião e religiosidade, entre outros assuntos. O processo de digitalização dos documentos da base começou  há apenas um mês e até o final de 2010 a idéia é de estar com todas as obras do banco digitalizadas e disponíveis para impressão.

Acesse: acervo on-line

Nossa fonte: Marisa Csordas

por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exposição: Sementes da Mudança - A Carta da Terra e o Potencial Humano



EXPOSIÇÃO: de 21 de maio a 09 de junho de 2010
segunda à sexta-feira: 9h00 – 18h00
sábado e domingo: 10h00 – 17h00
TRILHA DA VIDA:de 31 de maio a 06 de junho de 2010
segunda à sexta-feira: 9h00 – 18h00
sábado e domingo: 10h00 – 17h00
AGENDAMENTO DE VISITAS MONITORADAS:
Tel.: +55 (11) 5572-1004 / 8037
 ENTRADA FRANCA

Local: UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz
Avenida IV Centenário, 1268 – Portão 7A – Parque do Ibirapuera – São Paulo - SP
Maiores informações: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/umapaz/


Nossa fonte: Sirlene Santos

por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

quarta-feira, 26 de maio de 2010

1º ENCONTRO NACIONAL DE TURISMO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS

Nossa Fonte: Aruanda Mundi


por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

terça-feira, 25 de maio de 2010

QUAL ÁFRICA?

A data de 25 de maio faz referência à criação da Organização da Unidade Africana, que ocorreu em 1963, na Etiópia. Nesse ano reuniram-se, de 22 a 25 de maio, 32 países africanos independentes para traçar uma estratégia de unidade do continente. Em 1972, a Organização das Nações Unidas instituiu o 25 de maio como Dia da Libertação Africana e em 2002, em Durban, África do Sul, 53 países instituíram a União Africana (UA).
A África é um continente com aproximadamente 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terra. Ao norte é banhado pelo Mar Mediterrâneo, ao leste pelas águas do oceano Índico e a oeste pelo oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas desses dois oceanos.
É o segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia), com aproximadamente 800 milhões de habitantes.
É basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habita no meio rural, enquanto somente 37% mora em cidades.
O principal bloco econômico é a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), formada por 14 países, dentre os quais Angola e África do Sul.
O continente foi subdesenvolvido pelas seguidas dominações europeias que ocorreram, tendo sido drenadas de suas terras não só a riqueza de seu solo e subsolo, mas um grande contingente humano.
Os africanos e seus descendentes dispersos pelo mundo formam a diáspora negra e são responsáveis, consciente ou inconscientemente, pela perpetuação da cultura, de hábitos e modos de vida herdados de civilizações ancestrais (como a ideia de energia vital, o axé, e a celebração da vida por meio dos ritmos e danças). A África é o continente onde a vida se originou e ali floresceram fantásticas civilizações, como a egípcia, os impérios do Mali, de Gana; a Etiópia, um dos Estados mais antigos do mundo e onde pode ter surgido a espécie Homo sapiens.
A tradição oral africana (que tem nos griots, contadores de histórias, seu símbolo) não impediu que florescesse uma literatura que teve, inclusive, importante papel nas guerras de libertação africana das décadas de 60 e 70. Em termos de língua portuguesa, por exemplo, há a a obra de Agostinho Neto, Pepetela, Jorge Macedo, José Craveirinha, entre outros. Segue um poema de um dos mais importantes escritores de Angola, Jorge Macedo:

POEMA DE AMOR
Adoro-te, África semente,
amor profundo,
nobre fruto do meu eu vivente.
Adoro a calidez das tuas tranças,
manta preta do meu primeiro calafrio.
E o dorso largo em que dormi o sono infantil
e acordei já homem feito.



Nossa fonte:  Quilombhoje
 
por Juliana Balduino
 Coletivo Cultural Esperança Garcia

segunda-feira, 24 de maio de 2010

QUEM TEME AS MULHERES? - SIMPÓSIO INTERNACIONAL-

O Instituto Cervantes apresenta seu simpósio internacional "Quem teme as mulheres?", com a curadoria de Guita Grin Debert. As palestras/encontros acontecerão ao longo do mês de junho, nas terças-feiras, das 19h às 21h, sempre no Espaço Cultural do Instituto, Av. Paulista, 2439.
As últimas décadas foram marcadas por mudanças radicais na experiência das mulheres vivendo em diferentes contextos e condições. Quais são os significados destas transformações? Que tipos de reações elas provocam na nossa sociedade? Como redefinem os imperativos de masculino e de feminino?
O objetivo deste simpósio internacional é discutir essas questões, contrastando atitudes, situações e empreendimentos políticos, especialmente no contexto da cultura brasileira e da cultura hispânica. Transições, saltos ou abismos que se produziram em nossas sociedades nos últimos cem anos causando uma extraordinária redistribuição das funções sociais que tratamos de identificar e até analisar por meio de todos os suportes: cinema, vídeo, pensamento, literatura e artes visuais.

O simpósio faz parte do programa "Quem teme as mulheres?", que o Instituto Cervantes desenvolve durante o ano de 2010 dando continuidade ao que já foi oferecido, como a exposição Subjetivo Feminino, que apresentou fotografias de Cláudia Jaguaribe, Erica Bohm, Flávia Junqueira e Nicola Constantino. O MIS já apresentou o ciclo de cinema Mulheres a frente atrás das câmeras. Durante o simpósio o Espaço Cultural do Instituto Cervantes acolherá a exposição Um olhar caleidoscópico, de Rochelle Costi. Nesta exposição a artista explora, com humor e ironia, até mesmo sua própria identidade corporal, subvertendo os limites entre a obra de arte e o espaço da realidade cotidiana.

1/6 – As mulheres no mundo trabalho: vicissitudes na era da flexibilidade.
Judith Astelarra Bonomi. Socióloga, professora titular da Universidad Autonoma de Barcelona (Espanha).
Helena Hirata. Socióloga brasileira, diretora de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), pesquisadora visitante na UNICAMP e na USP.
Como vem sendo definida a relação entre vida profissional e vida familiar? Quais são as carreiras em que a presença da mulher é marcante? Pode-se dizer que há um feminização do mundo do trabalho? É possível identificar novas formas de segregação ocupacional? A comparação de contextos europeus, asiáticos e latino-americanos oferece um quadro instigante das transformações no sentido do trabalho e das carreiras ocupacionais para homens e mulheres de diferentes gerações no mundo contemporâneo.
8/6 – Masculinidade/feminilidade: maternidade, sexualidade e as novas etapas da vida adulta.
Dora Barrancos. Historiadora da Universidade de Buenos Aires, diretora do Instituto Interdisciplinario de Estudios de Gênero.
Márcia Tiburi. Filósofa da Universidade Mackenzie é colunista da Revista Cult e participante do programa Saia Justa do canal GNT.
Os avanços tecnológicos apontam a possibilidade da gravidez em idades cada vez mais avançadas, mas “gravidez na adolescência” se transformou num dos grandes problemas sociais. É, também, cada vez maior o número de filhos que mesmo em idade adulta continuam morando na casa dos pais. A imagem das mulheres de 40 anos não é mais a de seres condenados à passividade própria de quem inicia a marcha irreversível da velhice. Como essas mudanças no curso da vida criam novos mercados de consumo, redesenham a oferta de bens e serviços e redefinem masculinidades e feminilidades?
22/6 – Presença e sensibilidade da mulher na arte atual: literatura, artes plásticas e teatro.
Adelina Sánchez Espinosa. Crítica Literária da Universidad de Granada e coordenadora do GEMMA (Erasmus Mundus Master´s Degree in Women’s and Gender Studies).
Regina Silveira. Artista e docente da Escola de Comunicação e Arte (ECA) da Universidade de São Paulo.
Até o século XIX era rara a presença das mulheres no mundo das artes. Qual é o significado da presença cada vez mais ativa de mulheres nesse território? Seria o mercado das artes menos segregacionista do que outras esferas profissionais e, portanto, mais aberto à exposição de obras e a conquista da fama e do sucesso pelas mulheres? A representação artística do feminino pode ganhar contornos distintos nesse novo contexto? Em que medida as clivagens de gênero criam novas concepções sobre as mulheres, suas tarefas e seu destino?
29/6 – Gênero e sexualidade
Dolores Juliano. Antropóloga da Faculdade de Geografia e História da Universidad de Barcelona (1984-2001) e vice-presidente da LICIT, Línea de investigación y cooperación con inmigrantes trabajadoras sexuales (2001).
Maria Filomena Gregori. Antropóloga da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pesquisadora do Pagu-Núcleo de Estudos de Gênero da UNICAMP e do CNPq.
Prostituição e pornografia são temas em debate que dividem os diferentes movimentos e teorias feministas. As dimensões variadas do mercado e da demanda por sexo e sensualidade ganham significados distintos num contexto em que o tráfico internacional de pessoas tem ocupado um espaço cada vez maior nas agendas nacionais e internacionais. É possível falar numa sexualidade politicamente correta? Num contexto em que a indústria do sexo se amplia é importante saber quem são seus usuários e qual o caráter dos bens que estão sendo oferecidos.

Entrada gratuita

Nossa fonte:Erica Peçanha



por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

domingo, 23 de maio de 2010

Sexta do mês


"Tuga" what? Rappers kriolu deslocam a relação convencional entre o espaço e a identidade em Portugal
Derek Pardue (Washington University in St. Louis)
Coordenadora da mesa: Profa.Dra. Rose Satiko (USP)
Debatedor: Inácio Andrade (Mestrando am Antropologia/ USP)

Dia:28 de maio de 2010
Horário: 14hs
Local: Auditório da Antropologia (Sala 24)
Prédio da Filosofia e Ciências Sociais

* a palestra será realizada em português

por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

Entrevista de Erica Peçanha - livro Vozes Marginais na Literatura

Confira a entrevista de Érica Peçanha no  site Fórum de Literatura a respeito do  livro Vozes marginais na literatura.


Site :http://www.forumdeliteratura.com/.  

 
por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia
 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ENCONTRO TEMÁTICO DA POPULAÇÃO NEGRA PARA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO – PME 2011-2020

O Movimento Negro de São Paulo convida para o encontro Educação Etnicorracial no Plano de Educação da Cidade de São Paulo. O Plano Municipal de Educação definirá a educação do município para os próximos 10 anos e precisamos contribuir com as questões etnicorraciais. Buscando garantir o caráter participativo da construção desse plano, o Movimento Negro de São Paulo convida estudantes, educadoras e educadores, mães e pais, gestoras e gestores, trabalhadores e trabalhadoras da educação, pesquisadores e pesquisadoras, universidades e demais movimentos sociais e pessoas envolvidas com a Educação das Relações Raciais a participarem do Encontro Temático da População Negra.
Contamos com sua participação e contribuição com ideias e propostas para uma educação pública de qualidade!
Tema: Educação Etnicorracial no Plano de Educação da Cidade de São Paulo
Data: 22 de maio de 2010
Horário: das 10h às 14 hs
Local: Sindicato dos Jornalistas - Rua Rego Freitas, 530 (próximo Igreja da Consolação)

Pauta
-Informes e andamento das plenárias das subprefeituras para o Plano Municipal de Educação;
- Plano Municipal de Educação e a educação etnicorracial na cidade de São Paulo: avanços e desafios;
- propostas de educação etnicorracial e de relações de gênero para o Plano Municipal de Educação;
- gestão democrática e financiamento;
- eleição de delegados/as e eleição de temas prioritários.

Fonte: Aruanda Mundi : http://aruandamundi.ning.com/?xg_source=msg_mes_network


por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

terça-feira, 18 de maio de 2010

Lançamento cd "O Bloco na Rua" - Ilú Obá de Min

 No dia 23/05/10, vai acontecer a festa de lançamento do cd "O Bloco na Rua" da
Banda Feminina de Percussão Ilú Oba De Min, a partir das 16hs na Casa das Caldeiras.
Projeto TodoDomingo da Casa das Caldeiras.
Endereço: Av: Francisco Matarazzo, 2000 - Agua Branca



*O Ilú Oba de Min é uma organização formada por mulheres negras que promove e amplia estudos e atuações artísticas com enfoque na cultura de matriz africana, há mais de vinte anos.
Maiores informações: www.iluobademin.com.br/home1.htm




por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia





sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Entre Costuras Educativas" - Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil desenvolve, aos finais de semana, oficinas, voltadas para prática educacional e convida  professores, educadores e estudiosos para participarem destas ações. As oficinas são ministradas quinzenalmente aos sábados, das 11h às 14h.
Para fazer a inscrição a fim de participar das atividades oferecidas é necessário enviar o nome e nº do RG , informar a idade, os contatos (telefones e emails) para o e-mail: agendamento@museuafrobrasil.com.br, aos cuidados de Tayná.

Obs.: O solicitante deverá receber via e-mail um documento de confirmação que deverá ser apresentado na recepção.
Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura

Av. Pedro Álvares Cabral, s/n

Parque Ibirapuera - Portão 10

São Paulo / SP - Brasil - 04094 050

Fone: 55 11 5579 0593
http://www.museuafrobrasil.com.br/

 
 
por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

Viva, Carolina, Viva - Museu Afro Brasil 15/05




por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

Regulamentação de Terras Quilombolas

O STF está a ponto de incluir na pauta de votação o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalida de movida pelo PFL/DEM contra o Decreto 4887/2003 que regulamenta o procedimento de titulação das terras quilombolas. Foi elaborado abaixo assinado em favor da manutenção do Decreto, e que recebeu apoio de  Boaventura de Souza Santos e a Relatora da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik.
A petição está no seguinte link:  http://new.petition online.com/ quilombo/ petition. html

 

  por Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

 

Biblioteca Digital Mundial

A Biblioteca Digital Mundial, foi aberta em 14 de setembro de

2009, em Paris. O vasto acervo de informações se divide em obras para leitura, consultas e pesquisas. Além de disponibilizar fotos, documentários, e manuscritos raros de diferentes regiões e países.
Consulte!!!!





por: Juliana Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia


13 DE MAIO: COMEMORAR O QUÊ?

*Jaqueline Lima Santos

O Brasil, ultimo país a abolir a escravidão nas Américas, aquele que explorou aproximadamente 4 dos 10 milhões de africanas e africanos que foram trazidos para exercer trabalho escravo desse lado do Atlântico, possui hoje o maior número de população negra fora do continente africano.
Estamos aqui para falar de negras e negros como sujeitos políticos no período da escravidão. Todo mundo sabe que no Brasil existiu mais de três séculos de exploração, violência e desumanização das(os) não brancas(os) pela colonização européia, mas o que a história não conta é que as(os) negras(os) também eram agentes frente às formas de opressão, que não eram “coisa”, e sim “ser” diante do sistema escravocrata.
Antes da chegada do 13 de maio, a população negra organizou diferentes movimentos de resistência, através da formação dos quilombos, das irmandades, dos trabalhos urbanos, rebeliões nas senzalas, além das diversas revoltas: Malês, Balaiada, Sabinada, entre outras, e foram protagonistas da primeira tentativa de independência no país, através da formação do Quilombo de Palmares, este que sobreviveu mais de 100 anos como um Estado organizado e independente, derrotou por diversas vezes o exército colonial, até que, depois de diversas tentativas, foi invadido e vencido covardemente em 1695 pelo exército de Domingos Jorge Velho.
Vale lembrar que as mulheres negras tiveram papel fundamental nesses movimentos de resistência negra, exercendo papel de líderes, estrategistas, guerreiras, informantes e organizaram as alternativas criadas pelas(os) negras(os) frente ao Estado colonial.
A população negra dinamizou a história do Brasil, não aceitando a condição de escravizada, estabeleceu contra-movimentos e foi conquistando aos poucos sua liberdade, seja através de fugas, ou através da compra de cartas de alforria, e no 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assina a leia Áurea, apenas 5% da população negra ainda exercia trabalho escravo. No entanto, é dado o bônus pelo fim da escravidão a princesa boazinha que “libertou os negros”, e nada se fala da luta das(os) negras(os) pela sua liberdade. A lei áurea foi uma estratégia para desmobilizar a população negra que, a exemplo do Haiti, em algum momento, através das explosões constantes de rebeliões, tomaria o Estado brasileiro. Além disso, o processo de industrialização no país exigia a passagem do trabalho escravo ao trabalho livre, só assim o empregador poderia comprar a força de trabalho de acordo com as suas necessidades, e quando contratada, custaria os meios de subsistência do trabalhador.
O que aconteceu a partir de 14 de maio de 1888? A população negra não foi indenizada pelos três séculos e meio de escravidão, as senzalas sobem para os morros, onde hoje se localizam as favelas. A partir de então a imigração européia é incentivada para o Brasil, a fim de ocupar os postos de trabalho assalariado e embranquecer o país, havia até quem acreditasse que em 100 anos não haveriam mais negros no Brasil, e olha nós aqui. Mesmo reconhecendo que estes novos imigrantes foram explorados na venda da sua força de trabalho, eles estavam em condições favoráveis em relação à população negra, através das políticas de doação de terras e moradias que os eram direcionadas, além de serem priorizadas(os) nos postos de trabalho.
Por isso hoje, mesmo a lei áurea tendo marcado “oficialmente” a passagem da(o) negra(o) da condição de escrava(o) a cidadã(o), o que não garantiu nenhum direito da cidadania brasileira a esta parcela da população, que até os dias de hoje encontra-se em condições extremamente desiguais em relação a população branca, o movimento negro no Brasil não comemora o dia 13 de maio, mas tornou essa data o DIA NACIONAL DE DENÚNCIA CONTRA O RACISMO, e comemora o dia 20 DE NOVEMBRO COMO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA, dia em que morreu Zumbi dos Palmares, mais um dia de luta para a luta de todos os dias.
Hoje, 122 anos após a abolição inacabada, não temos o que comemorar. Queremos nossas carteiras de trabalho assinadas, queremos reparações ações afirmativas nas universidades, queremos punições contra os crimes de racismo, e colocamos o Estado brasileiro no banco dos réus.

*Mestranda em Antropologia pelo Departamento de Ciências Sociais da UNESP - Marília /Pesquisadora do NUPE - Núcleo Negro da UNESP para Pesquisa e Extensão

 
por: Jú Balduino
Coletivo Cultural Esperança Garcia

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sarau Elo da Corrente Abolindo a Escra-visão -

Confira a programação especial do Sarau Elo da Corrente.

Programação

*06/05 - 20:30

SampaSamba e sua história
Grupo dos 7 (Teatro)  - Roda de Samba "Nas quebradas do mundaréu -Plinio Marcos"
Facilitadora: Maria Helena - Presidente da Velha Guarda do Rosas de Ouro
e Embaixatriz do Samba -SP

*13/05 - 20:30
Beleza Negra e suas Raízes
Exibição de video e confecção de turbantes
Facilitadora: Cathiara Oliveira

*20/05 - 20:30
Dança Afro - Uma expressão de liberdade
Vivência coletiva com a dança afro-brasileira
Facilitadora: Cia de Arte Negra Capulanas


*******O bar do Santista fica na Rua Jurubim, 788 -A-Pirituba -SP


Realização: Sarau Elo da Corrente / VAI -PMSP
Apoio:  Coletivo Cultural Poesia na Brasa e Coletivo Cultural Esperança Garcia

domingo, 2 de maio de 2010

Corpa Negra



Corpa Negra tivera a vida como presente
Na labuta, suava de tanto nascer todo dia
Chorou todas as lágrimas do mundo, cansara de rios de sangue
Cantara de tanto sofrer várias línguas
Multiplicara milhões de vezes os peixes e as bocas
Assimilara ervas, árvores, credos, pedras e céus azuis
Inspira sempre o ar renovando sapiência
Horroriza-se ante a qualquer tipo de açoites que ainda são
Parira amores e dores
Mesmo que grandes e pequenas nações desumanizadas
Demoradamente a cada demora três centenas de anos
Morreria mais que mil vezes e ainda agora resistia
Trocou aquilo por isso e quilombolizara até hoje
Banhou-se por horas a fio, perdoou-se de ranços, renomeou-se
Chegou aqui.

                                                            ** Maria Tereza

Nossa mensagem: Inspirada para criação e construção do novo continuará a nos fazer sentir orgulho de sermos mulheres. Partiu o corpo mas felizmente  sua energia vai nos embalar e fazer com que continuemos essa luta com a força e determinação que só as guerreiras tem!
Muita paz!Muita Luz e Boas Energias para todos os familiares, amigos e conhecidos!!!!!!!!

axé!


por Coletivo Cultural Esperança Garcia